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A ORIGEM DAS CIDADES 

Que é cidade? Como começou a existir? Que processos promoveram seu surgimento? i) Antecedentes: Caverna = abrigo (Paleolítico – não fixação do homem) Predisposição para a vida social comunidades primitivas Pequenas povoações, aldeias Cemitérios: cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos = local fixo de encontro = precursor quase núcleo de cidades vivas (Munford) Primeiro germe de cidade: ponto de encontro cerimonial: gruta paleolítica ou centro cerimonial maia com pirâmide

ii) Domesticação e Aldeias (Mesolítico – Neolítico)     

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Atividades agrícolas e primeiros animais domésticos Uso da carne e de roupas Formação de aldeias 9.000 a 4.000 aC Mesopotâmia – vale do rio Nilo Um aglomerado de cabanas de barro cozido ou de construções de caniço e lama de tamanho pequeno, a princípio pouco melhores que a morada de um castor. Ao redor dessas aldeias, estendem-se canteiros e plantações modestos em todas as dimensões não ainda os campos largos mas delimitados, de forma retangular, que surgiram com o arado. (Munford, 1991, p. 24). Pequeno agrupamento de famílias entre 6 a 60 pessoas com seu próprio lar, oratório, deus doméstico, cemitério dentro de casa ou em algum campo comum de sepultamento. Mesma língua, cada família possui o mesmo modo de vida e participa dos mesmos trabalhos. Divisão por idade ou pelos limites da força, sexo.

PEQUENO GLOSSÁRIO PARA O ESTUDO DA CIDADE ANTIGA

ACRÓPOLE: a parte mais elevada das antigas cidades gregas, que comportava a cidadela e, eventualmente, santuária. ÁGORA: praça pública, lugar de mercado e de reunião da população. ASTUS: cidade baixa das cidades gregas. BOULEUTERION: edifício onde funcionava o Conselho dos nobres ou dos funcionários que representam a assembléia dos cidadãos e mandam seus representantes ao Pritaneu. CIDADELA: fortaleza defensiva de uma cidade. Cidade fortificada por muros. MURALHA: exercia funções de defesa militar e de controle; unificação religiosa e proteção; contraste nítido entre o campo e a cidade. PANTEÓN: Templo arredondado que na Grécia e na Roma antigas, era dedicado a todos os deuses. PRITANEU: o lar comum consagrado ao deus protetor, onde se oferecem os sacrifícios e se realizam os banquetes e rituais.

ATENAS: surge na Planície Central da Ática, cercada de colinas. A população foi em média de 40.000 habitantes no século IV a.C. A cidade é um todo único, onde não existem zonas fechadas e independentes. As casas de moradia são todas do mesmo tipo, diferentes apenas nos tamanhos. Em torno da Acrópole e das outras áreas públicas estavam os bairros com as casas de habitações. No Teatro de Dionísio reuniase toda a população a fim de ouvir as tragédias de Esquilo, Sófocles e Eurípedes e as tragédias de Aristófanes. ROMA: uma aldeia que se torna pouco a pouco uma cidade mundial. Origem da cidade: curso do rio Tiberis, depois de uma curva acentuada, permeada por sete colinas. Até o século III d.C, viveram nesta cidade de 700.000 a 1.000.000 de habitantes. As habitações eram domus, casas individuais típicas das cidades mediterrânicas, com um ou dois andares, fechadas na parte externa e abertas nas partes internas e insulaes que eram construções coletivas de muitos andares, compreendem um grande número de cômodos iguais, que olham para o exterior com janelas e balcões; os andares térreos são destinados às lojas ou a habitações mais nobres. Treze aquedutos trazem a Roma, dos montes vizinhos, mais de um bilhão de água por dia. Para os espetáculos constroem-se os circos, o Circo Máximo que ocupa todo o vale entre o Palatino e o Aventino e pode conter cerca de 250.000 pessoas; os teatros (Balbo, Marcelo e Pompeu) e os anfiteatros para os jogos dos gladiadores, o Coliseu com 50.000 lugares.

Cidade Grega

Cidade Romana

Roma Republicana.

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Aqueduto Romano de Segovia - Espanha.

Bragança - Portugal

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Pompéia - Itália

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O Sítio arqueológico de Pompéia

O Vesúvio visto ao fundo de parte do que sobrou da cidade romana de Pompéia

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Templo do Parténon de Atenas: (do grego Παρθενος Parthenos -Virgem-; adjetivação Atenea) Situado na Acrópolis de Atenas dedicado a dedicado a Atenea Parthenos, deusa da cidade de Atenas. Um dos monumentos mais importantes da civilização grega e também da cidade antiga grega. Trata-se de um dos principais templos dóricos que se preserva. Possui 69,5 x 31 m de largura e 10,93 m de altura.

Atenas: Delfos – centro cerimonial

Forum Romano - Roma

Mercado de Trajano e Fórum - Roma

Panteão.

Cidade Medieval

A CIDADE NA IDADE MÉDIA (Século V ao Século XV) •ANTEDECEDENTES 1.Divisão do Império Romano em Ocidente e Oriente. Roma deixa de ser a capital, no Ocidente a capital a a ser Milão e no Oriente, Constantinopla, cidade portuária. 2.O enfraquecimento do Império Romano: constantes despesas do governo, exploração fiscal, subjugação dos homens ao Estado, invasão dos Bárbaros (Germanos) desde o século III, consolidando-se no século V. 3.Desarticulação da rede urbana (expresso na máxima “Todos os caminhos levam à Roma”), caem por terra as leis que davam proteção ao comércio em todo o Império: produção artesanal, produção alimentar, suspensão dos recursos para manutenção de estradas e portos. 4.Bloqueio da Navegação Mediterrânica. A existência do Império Romano depende do domínio que exerce no mar Mediterrâneo. Há a invasão dos Bárbaros e também a invasão da Península Ibérica pelos Muçulmanos que am a controlar o Mar Mediterrâneo. Estes acontecimentos determinaram o fim da atividade comercial e, portanto, dos mercadores, provocando o declínio deste papel econômico das cidades européias, imprimindo de vez o caráter agrícola à Europa Ocidental. 5.Consolidação dos reinos Germânicos (Bárbaros) entre os séculos V e X. 6.A cidade torna-se alvo fácil de invasões, portanto a a representar insegurança, há uma contínua destruição das cidades, decréscimo demográfico causado pelas pestes e epidemias, fome e guerras. 7.A partir do século IV dá-se a ruralização da sociedade ocidental. A terra a a ser a medida de riqueza. A agricultura torna-se fonte de riqueza. Cedia-se terras a quem prestasse serviços: colonato = forma de trabalho entre o escravismo e a servidão. Modo de Produção Feudal = agrícola = grandes propriedades rurais e servidão, sendo a terra a única fonte de subsistência e de condição de riqueza. 8.Fraqueza do poder central na concepção germânica, o rei era mais um “chefe guerreiro” do que um “chefe de Estado”. 9.A Europa torna-se “República Christiana”. O Cristianismo ao surgir era mais uma entre as várias religiões orientais, suas raízes encontravam-se na religião judaica, isto é, numa religião que, como todas as religiões antigas, era nacional ou de um povo particular. No entanto, havia nele algo inexistente no judaismo e nas outras religiões antigas: a idéia de evangelização. Para isso os evangelizadores usaram muitos expedientes.

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CARACTERÍSTICAS DA CIDADE MEDIEVAL

1.Mudam as funções e estrutura das cidades. A cidade deixa de ser uma localidade cuja população se consagra ao exercício do comércio e da indústria (doméstica), como também não é uma instituição jurídica governamental, ela a a ser um centro istrativo e/ou uma fortaleza. Há o declínio das atividades comerciais na cidade. 2.Os antigos edifícios romanos com suas imagens e símbolos pagãos tornaram-se funcionalmente inúteis, como o teatro, a arena, o banho porque contraditavam todo o modo de vida cristão. O cristianismo ocidental não ite o circo. O estádio também é abandonado, o esporte torna-se essencialmente exercício militar. 3.A praça pública muda de estatuto. Não existe mais o forum. A praça não é mais lugar de encontro. As discussões vão se dar no interior das igrejas. Os cemitérios a partir do século XIII torna-se lugar exclusivamente religioso. 4.As residências dos grandes proprietários de terras, os castelos, os palácios, erguem-se no campo. 5.Existiam dois tipos de cidades: as cidades episcopais e os burgos. As cidades episcopais estavam submetidas à istração eclesiástica e não possuíam grande papel econômico. Os burgos eram pontos fortificados, cercados por muralhas e rodeados por fossos, construídos para servir de refúgio aos senhores feudais e aos príncipes e tinham geralmente uma igreja. A sua forma era arredondada, de plano irregular, ruas tortuosas. 6.População citadina: clero da igreja catedral, outras igrejas em volta, monges dos mosteiros, sede da diocese, professores, estudantes das escolas eclesiásticas, servidores e artistas livres indispensáveis às necessidades do culto e da existência diária da aglomeração clerical. Vão existir as guildas, que eram uma espécie de associação de auxílio mútuo constituída entre as corporações de operários, artesãos, negociantes ou artistas.

7.

O bispo istrava o mercado, regulava o recebimento do imposto, vigiava a cunhagem de moedas, provia à manutenção das entradas das pontes e das trincheiras. 8. A casa do burgo servia como oficina, depósito e casa de contabilidade – íntima ligação entre a vida doméstica e o trabalho. Ausência de espaço funcionalmente diferenciado. Boa parte da população possuía hortas atrás das suas casas – acentuada tendência rural. 9. O Mosteiro representava íntima fraternidade de pessoas que pensavam da mesma forma, local onde as finalidades ideais da cidade medieval foram postas em ordem. Os bispos acumulavam funções como governadores municipais e sacerdotes. 10. As divisões políticas eram representadas pela paróquia e pela diocese. Cada diocese correspondia a uma civita, isto é, cidade episcopal, centro da diocese. Neste período é na Igreja que se cria o novo. 11. Cada cidade permanece o mercado dos campos limítrofes, o domicílio de inverno dos grandes proprietários rurais da sua região e centro de um comércio cada vez mais desenvolvido à medida que as localidades situam-se próximas ao Mediterrâneo. 12. As muralhas representavam segurança como também possibilitavam a realização de feiras semanais, atraindo mercadores para a cidade.

TOLEDO (Espanha) – margem do rio Tajo. De origem grega ou fenícia, tornada romana em 192 a.C, Toledo foi, no século VI, a verdadeira capital religiosa dos visgodos (Bárbaros). Conquistada pelos árabes em 711, cedo se tornou um núcleo de resitência ao islamismo, castigada com sangrentas repressões. Tornou-se capital da Espanha, foi centro cultural e religioso da Espanha cristã.

Toledo - Espanha

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Toledo

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Ponte de San Martín - Toledo

Toledo

Toledo

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Toledo

Vista de Alcázar - Espanha

Cidade de Lucca, Itália Lucca, na Itália, era a cidade de Sta. Gemma. É uma cidade cercada por uma alta muralha. Lucca é uma das cidades medievais clássicas da Toscana que conseguiu manter-se preservada até o presente.

Granada - Espanha

Bergamo - Itália

Bergamo

Besalu - Espanha

Besalú

Besalú

Besalu

Barcelona – Barrio Gótico

Vista do interior de uma casa medieval Barcelona

Castelo –– Cardona - ES

Interior Igreja – Leida – ES – sítio histórico

Leida - ES

INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO •Revolução na Indústria, Agricultura e Transporte 1.Indústria 1)invenção da máquina a vapor: modificação no método de produção: nascimento do sistema fabril em grande escala. 2)Aumento da produção devido a maior procura  mercado das terras recém descobertas; mercado interno = crescimento populacional da Inglaterra. 3)Aumento populacional da Inglaterra: aumento da taxa de natalidade; redução da taxa de mortalidade; melhor alimentação (melhoria na agricultura).

1)Introdução de nabos e trevos não só limpava o solo como também resolvia o problema de proporcionar alimento de inverno ao gado. 2)Criação científica de animais = melhoria na qualidade das raças; 3)Melhoramento nas ferramentas e máquinas (arados, enxadas) da agricultura; 4)Fechamento de terras = fim das terras comuns a todos. 1.Agricultura “O crescimento da população tornou lucrativa a agricultura. Grandes donos de terra em busca de lucro fizeram investimentos de capital em suas fazendas, e o resultado foi uma alimentação melhor, que por sua vez levou a um aumento da população.” (Huberman, p. 186). 1.Transportes 1)Ampliação da produção e do mercado  melhoramentos na construção de estradas, 2)abertura de canais, etc.

•Acumulação Primitiva 1.De onde veio o capital (K) antes da indústria moderna? 1)Descoberta de ouro e prata na América; 2)Escravidão  transformação da África em campo comercial de negros. 1.Força de Trabalho 1)Separação trabalhador / meios de produção 2)Venda da força de trabalho = assalariados  fechamento de terras comuns elevação dos arrendamentos 1)Crescimento das cidades e aumento do número de indústrias  maior número de pessoas migram em busca de lugares e empregos.

•Capitalismo D – M – D  D – M – D’ ------------------------1ª 2ª Na 1ª o dispêndio do D nada tem a ver com o seu retorno. Na 2ª, ao contrário, a volta do D é determinada pela maneira como foi dispendido. Na 1ª o objetivo final é o consumo = satisfação de necessidades = valor de uso. Na 2ª o D retorna ao mesmo ponto. O que motiva é o valor de troca. D’ = D + D = K D = MAIS VALIA = VALOR EXCEDENTE

A circulação de dinheiro (D) como capital (K) tem sua finalidade em si mesma, pois a expansão do valor só existe nesse movimento continuamente renovado. Por isso o movimento do K não tem limites.

•Industrialização 1)A indústria nascente instala-se perto de fontes de energia (rios, florestas, carvão), de meios de transporte (rios e canais, depois estradas de ferro), de matériasprimas (minerais), de reservas de mão-de-obra (o artesanato camponês, os tecelões e ferreiros). 2)A indústria aproxima-se dos centros urbanos. 3)Indústria: conjunto de atividades humanas que têm por objeto a produção de mercadorias através da transformação dos produtos da natureza.

•Urbanização 1)Aumento da população que vive nas cidades 2)As cidades mudam: transformações estruturais 3)Redes urbanas  divisão territorial do trabalho. 4)Sociedade do consumo de massa. 5)Homogenização dos valores culturais. 6)Problemas urbanos  adensamento populacional. 7)Segunda metade do século XIX : aprovação de leis sanitárias, implantação de redes de água e esgoto e melhoria nos percursos. Regulamentação e execução do transporte coletivo.

O período da revolução industrial, do final do século XVIII a meados do século XIX, marcou o início de uma nova etapa do capitalismo.

Docas de Londres

Os trabalhadores reagiam das mais diferentes formas, destacando-se o movimento "ludista" (o nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento "cartista", organizado pela "Associação dos Operários", que exigia melhores condições de trabalho.

Uma rua de um bairro pobre de Londres (Dudley Street); gravura de Gustave Doré de 1872.

Os bairros pobres de Londres, sob os viadutos ferroviários. Gravura de 1872.

Vistas do Centro de Londres, 1851.

Vista de Paris em 1889; ao centro, de flanco, ainda a Avenue Champs Élysées, desde a Place de la Concorde até o Arco do Triunfo.

Centro de Viena na primeira metade do século XIX.

Centro de Viena na segunda metade do século XIX, depois do arranjo Ring.

Paris

Arco do Triunfo - Paris

Estação de Metrô - Londres

Arco do Triunfo - Barcelona

Edifício da Central de Energia da Catalunya – sec. XIX - Barcelona