Aula 4 – Ebook Provas Comentadas – Contabilidade Facilitada para Concursos Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo 2009 - FCC e Fiscal de Rendas do Estado do Rio de Janeiro – FGV – 2008.
Gabriel Rabelo e Luciano Rosa
Contabilidade para concursos – AFR SP 2009 (FCC) e Fiscal de Rendas RJ 2008 (FGV) Gabriel Rabelo e Luciano Rosa
AGENTE FISCAL DE RENDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 2009 - FCC 1. Texto para as questões de 1 a 3. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:
1. O valor recuperável desse ativo é, em R$, (A) 5.000.000,00 (B) 5.100.000,00 (C) 5.400.000,00 (D) 5.600.000,00 (E) 6.000.000,00 Comentários Questão fácil. A norma Comitê de Pronunciamentos Contábeis – C 01 - define como valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda (nova nomenclatura para o antigo valor líquido de venda) de um ativo e seu valor em uso. Valor Líquido de Venda 5.100.000 Valor em Uso 5.000.000 Portanto, o maior dos dois é o valor líquido de venda (ou valor justo líquido de despesa de venda). O gabarito da questão 1 é a letra B.
2. O valor líquido contábil é, em R$, (A) 6.000.000,00 (B) 5.600.000,00 (C) 5.400.000,00 (D) 5.100.000,00 (E) 5.000.000,00 Comentários Segundo o Pronunciamento do C, valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.
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O valor contábil bruto é 8.000.000. A questão ainda forneceu o valor da depreciação acumulada, que monta a 2.000.000. Por fim, forneceu ainda a provisão já registradas para perdas, no valor de 600.000. Dessa forma, acharíamos o valor líquido contábil subtraindo 2.000.000 e 600.000 do valor contábil bruto, de 8.000.000 Valor contábil líquido = 8.000.000 – 2.000.000 – 600.000 = 5.400.000,00 O gabarito da questão 2 é a letra C. 3. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$, (A) 3.000.000,00 (B) 2.600.000,00 (C) 1.000.000,00 (D) 600.000,00 (E) 300.000,00 Comentários Perda por desvalorização, segundo a Resolução, é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável. Vimos que o valor recuperável é o maior valor entre o valor líquido de venda e o valor em uso. Neste caso, achamos o montante de 5.100.000 (valor de venda). Comparando com o valor contábil líquido, que é de 5.400.000, inferimos que o valor contábil é maior do que o valor recuperável. Neste caso, devemos apropriar no balanço uma perda por desvalorização, no valor da diferença, 5.400.000 – 5.100.000 = 300.000. Gabarito E. 4. São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível (A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. (B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial. (C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. (D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. (E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. Comentários Os intangíveis são aqueles ativos que não têm existência física. Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido. Segundo a lei 6.404... Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: (...)
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VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) Isto é muito importante para concursos: classificam-se no intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. O subgrupo intangível ganhou existência com a vigência da Lei 11.638/07, que separou os direitos corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível. Antes, classificaríamos tudo no imobilizado. IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial; Frise-se, também, que o subgrupo deve estar contido no grupo ativo não-circulante. O ativo intangível é matéria que tem seu regulamento no C 04 – Ativo Intangível. O conceito de ativo intangível veio trazido pela norma, como se segue: IMPORTANTÍSSIMO: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em dinheiro. Ora, interpretando-se a contrario sensu, ativo não monetário é aquele que não é representado por dinheiro ou direito a ser recebido em dinheiro. Uma máquina é representada por dinheiro ou direito a ser recebido em dinheiro? Não! Logo, é um ativo não monetário. O mesmo vale para os intangíveis. No exemplo do software, é representado por dinheiro ou direito a ser recebido em dinheiro? Não! Logo, é um ativo não monetário. Mas o software será imobilizado ou intangível? Intangível. Por quê? Vejam a definição: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. A importância para a prova (tanto de contabilidade básica, como de avançada) desse conceito de ativo intangível dispensa comentários. Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes, participação no mercado e direitos de comercialização. Segundo o CFC, três são as condições para que os itens acima sejam considerados ativos intangíveis, a saber:
Identificável Ativo Intangível Controlável
Gerador de Benefícios Econômicos Futuros
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Em suma, é isto o que vocês precisam saber: um item será intangível quando atenda esses três requisitos cumulativamente seja identificável; seja controlável; seja gerador de benefícios futuros. Por exemplo, um cursinho está sendo vendido. Junto dele há uma lista de 1.000 alunos que o cursinho considera como clientela fiel. Essa clientela será considerada intangível? Analisemos. É identificável? Sim! São 1.000 alunos. Gera benefícios futuros? Sim! Gera receitas para a empresa. É controlável? Não. Não é controlável. Então não devemos considerar como intangível. Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis, controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros. Atenção! Caso um item abrangido pela presente Norma não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, a a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição. O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos. Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja avaliada pelo valor de mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador, interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $ 120.000. Nesta situação temos um goodwill de $ 20.000. Não podemos identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso, pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis como, por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes. Gravem para a prova: É esta a diferença entre o intangível e o ágio de expectativa futura: o intangível pode ser reconhecido individualmente, o ágio não. IMPORTANTE Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes critérios: - Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável sem substância física; - Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros. Gabarito C.
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A Cia. Poente recebe da prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00, assumindo o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor de R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos. 5. (ICMS SP/2009/FCC) O registro contábil da subvenção deve ser débito em conta (A) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de ivo pela obrigação assumida em razão da subvenção recebida. (B) do Ativo Intangível pelo registro do terreno e crédito em conta de Provisão Contingencial iva pelo valor do terreno recebido. (C) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no valor do terreno recebido. (D) de Provisão para Contingência Ativa e crédito em conta de ivo de Longo Prazo pelo valor do terreno recebido. (E) de Diferido pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no valor do terreno recebido. Resolução Primeiro o, quando saberemos se uma subvenção será registrada? São dois os requisitos, a saber: 7. Subvenção governamental, inclusive subvenção não monetária a valor justo, não deve ser reconhecida até que exista segurança de que: (a) a entidade cumprirá todas as condições estabelecidas; e (b) a subvenção será recebida. Na questão, o governo já efetivou a doação à empresa. Pronto, atendeu-se ao requisito b (a subvenção será recebida). Também, a entidade assumiu o compromisso de cumprir as condições estabelecidas. Temos por completo os dois requisitos: a) a entidade cumprirá as condições; e b) a subvenção será recebida. Podemos registrar a subvenção. Como o terreno ainda não pertence à empresa, pois ela deve instalar um parque fabril, não podemos reconhecer esta subvenção (doação) no resultado. Se a empresa não instalar o parque fabril, ela deverá devolver o terreno. O lançamento do registro inicial é o que se segue: D - Imobilizado - Terreno R$ 1.000.000,00 C - ivo - Doações e subvenções R$ 1.000.000,00 Gabarito A. 6. (ICMS SP/2009/FCC) No resultado da empresa, esse evento (A) acarretará apenas o registro da despesa depreciação relativa ao parque fabril. (B) acarretará a transferência da despesa de depreciação para conta do patrimônio líquido.
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(C) não acarretará impacto porque o registro da subvenção recebida não tramita no resultado. (D) acarretará a reversão da depreciação acumulada para a conta de ajuste de resultado. (E) acarretará o reconhecimento de receita de subvenção no mesmo percentual utilizado para a despesa de depreciação anual. Comentários Observemos a norma: 16. É fundamental, pelo regime de competência, que a receita de subvenção governamental seja reconhecida em bases sistemáticas e racionais, ao longo do período necessário e confrontada com as despesas correspondentes. Assim, o reconhecimento da receita de subvenção governamental no momento de seu recebimento somente é itido nos casos em que não há base de alocação da subvenção ao longo dos períodos beneficiados. Via de regra, portanto, a receita de subvenção deve ser apropriada conforme vai ser realizando, e não numa única etapa. Na maioria dos casos essa correlação pode ser feita, e a subvenção é reconhecida em confronto com as despesas correspondentes. Semelhantemente, subvenção relacionada a ativo depreciável deve ser reconhecida como receita ao longo do período da vida útil do bem e na mesma proporção de sua depreciação. Esse item 17 é importantíssimo para a prova: A subvenção não deve ser reconhecida de imediato em seu recebimento. A receita deve ser correlacionada com as despesas correspondentes. Vamos supor que a empresa tenha instalado o parque fabril (ao custo de 15.000.000, e com vida útil estimada em 10 anos). Após a instalação, a empresa "ganhou" o terreno (cumpriu a condição necessária). Assim, deve ser feita a seguinte contabilização: D - ivo - Doações e subvenções.........1.000.000 C - Receita diferida (PNC)........................1.000.000 Após cumprir as condições, o valor da doação a para receita diferida (já pertence à empresa). Mas o reconhecimento da receita deve ser realizado por competência. Ver item 16 do pronunciamento (transcrito supra). Após um ano, a empresa terá reconhecido como despesa de depreciação da unidade fabril o valor de $ 1.500.000. E deverá reconhecer também a receita da subvenção (doação do terreno), na mesma proporção. Portanto: Pela depreciação da fábrica:
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D C
-
Depreciação Depreciação
(resultado)............1.500.000 acumulada (ANC)....1.500.000
Pelo reconhecimento da receita de subvenção (1/10 do total) D C
-
Receita Outras
diferida receitas
(PNC).............100.000 (resultado)......100.000
E assim por diante, até reconhecer toda a receita em 10 anos. Há duas maneiras aceitáveis de reconhecer a receita: como "outras Receitas" ou na própria conta de depreciação, diminuindo o seu valor. Gabarito E. 7. Uma empresa tem inscrito um saldo relevante em seus ativos, na conta valores a receber. Nesse caso, a empresa deverá (A) ajustar os recebíveis a valor presente, lançando os ajustes a valor presente em conta de despesa financeira. (B) provisionar o ajuste a valor presente, criando uma retificadora da conta que originou a operação inicial. (C) ajustar os recebíveis pela taxa Selic, lançando o valor do ajuste em conta de Patrimônio Líquido. (D) calcular proporcionalmente o valor do desconto a valor presente mediante aplicação de taxa média anual praticada pela empresa e creditar direto no saldo de recebíveis. (E) ajustar os recebíveis, calculando seu valor presente e registrando-o em conta de receita financeira. Comentários Questão polêmica. O gabarito apresentado pela banca foi a letra A, porém, discordamos de tal posicionamento. Senão vejamos... A alternativa dada como gabarito (letra A) não se encontra de acordo com a resolução CFC n° 1.151/09 que aprovou a NBC T 19.17 – Ajuste a Valor Presente. Aparentemente, o examinador baseou-se no entendimento anterior a tal resolução. A resolução CFC n° 1.151/09 e NBC T 19.17 determinam que a mensuração contábil a valor presente seja aplicada no reconhecimento inicial de ativos e ivos. Segue abaixo trecho da referida norma: “Ativos e ivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro da filosofia de valor justo (fair value).” A questão em análise dispõe sobre a conta valores a receber, obviamente de natureza monetária, devendo seguir ao comando do parágrafo anterior. Segue abaixo um exemplo de lançamento que reflete a situação exposta:
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Débito: Valores a receber = 1.500,00 Crédito: Receita de Vendas = 1.000,00 Crédito: Juros Ativos a apropriar = 500,00 (conta retificadora da conta valores a receber) Nos exercícios sociais seguintes, obedecendo ao princípio da competência, é debitada a conta “Juros Ativos a apropriar” e creditada a conta “Receitas Financeiras”. Ainda de acordo com a norma: “Os elementos integrantes do ativo e do ivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do ivo em suas datas originais. A quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base exponencial “pro rata die”, a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam.” Observa-se na parte final do parágrafo que os efeitos do ajuste a valor presente devem ser apropriados nas contas a que se vinculam. No anexo da referida norma, no exemplo 12, é exemplificado a forma correta do ajuste a valor presente, conforme segue abaixo: “Por exemplo, suponha-se uma venda de imóvel por $ 10.000 mil, pago com entrada de $ 4.000 mil em dinheiro e 3 (três) notas promissórias anuais de $ 2.000 mil cada uma, sem juros, efetuada num momento em que a taxa de juros, para o tipo de vendedor e comprador, seja, para ambos, de 18% ao ano (essas taxas podem ser diferentes para eles). O vendedor, na transação, registra: D – Caixa $ 4.000.000 D – Notas Promissórias a Receber $ 6.000.000 C – Juros a Apropriar $ 1.651.454 C – Receita de Venda de Imóveis $ 8.348.546 O valor destes Juros a Apropriar é obtido através da utilização de tabelas financeiras, ou da fórmula Valor Nominal/(1+i)^n. Desta forma, reiteramos nossa discordância com a questão apresentada pela FCC. A nosso ver, a assertivas mais correta seria a letra b. Todavia, a banca manteve o gabarito inicial. Gabarito A. A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas as seguintes informações sobre a empresa investida:
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Cia. Crepúsculo Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00 Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00 Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00 Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00 8. Se ao final de 2007, o controle de estoque da Cia. Solar acusa a existência de um saldo de 10% nos estoques adquiridos da investida, no processo de consolidação de balanço deve ser (A) registrado um débito de R$ 400.000,00 em estoques. (B) reconhecido um lucro não realizado nos estoques de R$ 400.000,00. (C) lançado um crédito de R$ 1.000.000,00 em estoques. (D) contabilizado um débito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL. (E) contabilizado um crédito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL. 9. Se ao final de 2007 a investidora tivesse reado a terceiros 90% dos estoques pelo valor de R$ 11.000.000,00, na Demonstração de Resultado consolidada deve ser feito um lançamento de (A) débito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e crédito em CMV de R$ 9.600.000,00. (B) crédito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e débito em CMV de R$ 9.600.000,00. (C) crédito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV. (D) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV. (E) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 e crédito em CMV de R$ 5.600.000,00. 10. No balanço de 2007, o ativo da Cia. Solar evidencia um saldo de R$ 80.000.000,00 na conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo. Com base nos dados informados, a investidora deve registrar (A) R$ 480.000,00 a débito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo. (B) R$ 480.000,00 a débito de conta de Resultado de Equivalência Patrimonial. (C) R$ 80.000,00 a débito de conta de Resultado Não-Operacional. (D) R$ 80.000,00 a crédito da conta Resultado de Equivalência Patrimonial. (E) R$ 80.000,00 a crédito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo.
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Comentários Vamos ver, agora, algumas técnicas e dicas para resolução das questões sobre Consolidação. 7.1 – Objetivo da consolidação: É apresentar as demonstrações contábeis de duas ou mais empresas (controladas, coligadas ou pertencentes ao mesmo grupo empresarial) como se fosse uma empresa só. Para isso, todas as operações internas (entre empresas do mesmo grupo, que serão objeto de consolidação) devem ser eliminadas, constando nas demonstrações financeiras apenas as transações com terceiros. Texto do Pronunciamento C 36: 18. Na elaboração de demonstrações contábeis consolidadas, a entidade controladora combina suas demonstrações contábeis com as de suas controladas, linha a linha, ou seja, somando os saldos de itens de mesma natureza: ativos, ivos, receitas e despesas. Para que as demonstrações contábeis consolidadas apresentem informações sobre o grupo econômico como uma única entidade econômica, os seguintes procedimentos devem ser adotados: (a) o valor contábil do investimento da controladora em cada controlada e a parte dessa controladora no patrimônio líquido das controladas devem ser eliminados. (ver o Pronunciamento Técnico C 15 – Combinação de Negócios, o qual descreve o tratamento do ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) resultante); (b) identificar a participação dos não controladores no resultado das controladas consolidadas para o período de apresentação das demonstrações contábeis; e (c) identificar a participação dos não controladores nos ativos líquidos das controladas consolidadas, separadamente da parte pertencente à controladora. A participação dos não controladores nos ativos líquidos é composta: (i) do montante da participação dos não controladores na data da combinação inicial, calculada em conformidade com o Pronunciamento Técnico C 15 – Combinação de Negócios; e (ii) da participação dos não controladores nas variações patrimoniais das controladas consolidadas desde a data da combinação. 19. Quando existirem potenciais direitos de voto, a parte atribuível à controladora nos resultados e demais variações do patrimônio líquido da controlada é determinada com base na sua atual participação e não deve refletir o possível exercício ou conversão dos potenciais direitos de voto. 20. Os saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades do grupo econômico), devem ser eliminados.
Todas as operações entre a Empresa A e a Empresa B são eliminadas, restando apenas as operações com terceiros. 7.2 – Eliminação que devem ser realizadas na consolidação. 7.2.1. – Eliminação das participações.
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Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas: I - as participações de uma sociedade em outra; Quando uma empresa adquire participação em outra, deve realizar o seguinte lançamento contábil: D – Investimento ( Ativo Não Circulante), dividido em: Valor patrimonial Mais Valia Goodwill C – Caixa ou bancos (Ativo Circulante) O valor do investimento da investidora corresponde a uma parcela do patrimônio líquido da investida. Assim, na consolidação, eliminamos o investimento da adquirente contra o PL da adquirida. (Obs: como já explicamos acima, o valor do investimento compreende o valor patrimonial, a Mais Valia e o Goodwill). Exemplo: Supondo os seguintes balanços, sendo que A só possui investimentos em B e que não haja outros valores em operações entre as companhias. A Mais Valia refere-se unicamente a ativos do Imobilizado de B: A Ativo Circulante
1.800
Realizável a L.P.
B 1.100
sub. Total
débito
crédito
consolidado
2.900
2.900
200
200
200
--Valor patrimonial
500
500
500
--Mais valia
100
100
100
--x--
--Goodwill
50
50
--x--
Investimento
Imobilizado
3.000
50 1.500
4.500
Intangível ivo
4.150
Patrimônio Líquido 1.500 Participação terceiros
2.000
6.150
600
2.100
--x---
100
4.600
50
50 6.150
500 + 100
1.500 100
100
O valor do investimento de A (500) foi eliminado tendo como contrapartida o PL de B. A Mais Valia foi eliminada (agregada) aos itens que lhe deram origem (no caso, o Imobilizado de B) e o Goodwill foi transferido para o ativo intangível.
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Como o PL de B é de 600, eliminamos 500 e sobram 100, que se refere à participação de minoritários (terceiros). Este valor fica demonstrado à parte, no PL consolidado. Repare que o PL do Consolidado é igual ao PL da Controladora. Isto deve acontecer sempre. Lançamento de eliminação do investimento no balanço consolidado: D – PL consolidado....................................500 C – Investimento consolidado...................500 D – Imobilizado Consolidado.........................................100 C – Investimento Consolidado Mais Valia....................100 D – Intangível Consolidado.............................................50 C – Investimento Consolidado – Goodwill......................50 Pela participação dos minoritários: D – PL consolidado.....................................100 C - PL – participação de terceiros..............100 OBS. 1: estes lançamentos são extra-contábeis, realizados apenas para fins de consolidação. Não afetam as demonstrações contábeis individuais da Empresa A e nem da Empresa B. 7.2.2. – Eliminação dos saldos de quaisquer contas. 20. Os saldos, transações, receitas e despesas intragrupo (entre as entidades do grupo econômico), devem ser eliminados. Os saldos mais comuns são contas a receber / a pagar recíprocos, e empréstimos a receber / a pagar. Exemplo: vamos retomar as demonstrações acima, supondo que a Realizável a Longo Prazo da Empresa A refere-se a um empréstimo no valor de R$ 200,00 para a empresa B, o qual ainda está em aberto.
A
B
sub. Total
débito
crédito
consolidado Ativo Circulante
1.800
1.100
2.900
2.900
Ativo Realizável a LP
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Empréstimo a contr.
200
200
200
--x--
Investimento --Valor patrimonial
500
--Mais valia
100
100
--x--
--Goodwill
50
50
--x--
Imobilizado
3.000
500
1.500
4.500
Intangível
500
100
4.600
50
Empréstimo – Empr. A
200
50
200
Restante do ivo
4.150
1.800
5.950
Patrimônio Líquido
1.500
600
2.100
--x---
--x--5.950
500 + 100
Participação terceiros
1.500 100
100
Lançamento de eliminação (apenas para fins de consolidação): D – Empréstimo a pagar...................200 C – Empréstimo a Controlada..........200 7.2.3. – Eliminação dos saldos dos lucros não realizados No caso das demonstrações consolidadas, considera-se realizado o resultado quando ocorre venda a terceiro. O lucro não realizado pode ocorrer na venda de estoque, investimento, instrumentos financeiros de curto prazo, imobilizado ou intangível. No caso do imobilizado, além de excluir o lucro não realizado, é necessário controlar a depreciação referente a esse lucro inter-companhias. Tal depreciação deve ser eliminada do resultado consolidado. (Trata-se de um processo muito trabalhoso. Dificilmente será cobrado em concurso). A maioria das questões de lucro não realizado refere-se à venda de estoque, que amos a examinar mais profundamente. Modelo de cálculo do Lucro nos estoques: Valor da Venda (-) CMV (=) Lucro na operação x % não vendido a terceiros (=) Lucro não realizado Exemplo: suponha que a Empresa A vendeu por R$ 700,00 estoques que custaram R$400,00 para a sua controlada Empresa B. No encerramento do balanço, 60% destes estoques ainda não haviam sido vendidos a terceiros.
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Usando o modelo acima, temos: Valor da Venda.................................700 (-) CMV............................................(400) (=) Lucro na operação......................300 x % não vendido a terceiros..............60% (=) Lucro não realizado.....................180 Os lucros não realizados estão, simultaneamente, no estoque de B e no Resultado (PL) de A. O lançamento de eliminação é o seguinte: A
B
sub. Total
débito
crédito
consolidado Ativo Circulante Estoque
1.200
600
1.800
800
500
1.300
1.800 180
1.120
Ativo Realizável a LP empréstimo a contr.
200
Investimento
500
Imobilizado
3.000
Empréstimo – Empr. A
200
200
500 1.500
500
4.500
--x---x--4.500
200
200
Restante do ivo
4.000
2.000
6.000
Patrimônio Líquido
1.500
600
2.100
--x--6.000
600 + 180
Participação terceiros
1.320 100
100
Observação: A contabilização acima refere-se ao procedimento anterior, em que os lucros não realizados na venda da controladora para a controlada não eram ajustados. Atualmente, no balanço individual da controladora A, deve ser feita a seguinte contabilização: D – Lucros Não Realizados (resultado).........180 C – Lucros a apropriar ( investimento)..........180 Neste caso, temos duas opções: 1) Estornamos o lançamento acima e ajustamos como era feito anteriormente: D – Lucros a apropriar ( investimento)..........180 C – Lucros Não Realizados (resultado).........180 D – PL Consolidado........................................180
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C – Estoque consolidado...............................180 2) Ou ajustamos diretamente o saldo da conta Lucros a apropriar (Retificadora de investimento) para Estoque: D – Lucros a apropriar ( investimento)..........180 C – Estoque consolidado...............................180 Quanto ao cálculo do lucro não realizado, temos duas situações, que analisamos a seguir. Geralmente, as questões mencionam que “A empresa X vendeu mercadoria para sua Investidora, Empresa Y, no valor total de 12.000, com margem de lucro de 20%”. Nesse caso, aplicamos a margem de lucro diretamente sobre o valor das vendas, para calcular o lucro: 12.000 x 20% = 2.400 lucro da operação. Mas, eventualmente, encontramos questões com o seguinte enunciado : “A empresa X vendeu mercadoria para sua Investidora, Empresa Y, no valor total de 12.000, com margem de lucro de 20% sobre o CMV”. Nesse caso, o cálculo é o seguinte: Venda.......12.000.........X % CMV..........?????.......100% Lucro........?????..........20% As vendas equivalem a X% do custo. Menos 100% do CMV, resultam em um lucro de 20% do CMV, portanto vendas = 120% do CMV. Venda.......12.000........120% CMV..........?????.......100% Lucro........?????..........20% Agora, dividindo o valor das vendas por 120%, encontramos o CMV, e portanto o lucro: Vendas 12.000 / 120% = 12000 / 1,2 = 10.000 CMV Lucro: Venda – CMV = 12.000 – 10.000 = 2000. Vamos analisar uma questão da FCC: FCC - A Cia. Vértice vendeu mercadorias à sua controlada no valor de R$ 250.000,00, obtendo um lucro de 25% sobre o preço de custo. No final do exercício, a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote, tendo vendido o restante a terceiros
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obtendo um lucro de R$ 150.000,00. A controladora possui 60% das ações da investida. Na apuração do Balanço Patrimonial consolidado, o montante do lucro não-realizado nessas transações, a ser deduzido do valor dos estoques da controlada, correspondeu a, em R$: A) B) C) D)
6.000,00 7.500,00 8.000,00 10.000,00
E) 12.500,00 O valor da venda foi de R$250.000,00, com lucro de 25% sobre o preço de custo. Portanto: Venda.......250.000.........X % CMV..........?????.......100% Lucro........?????..........25% Resolvendo, temos: Venda.......250.000.......125% CMV..........?????.......100% Lucro........?????..........25% CMV = 250.000 / 125% 250.000 / 1,25 CMV = 200.000 Lucro na operação: 250.000 – 200.000 = 50.000 No final do exercício, a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote. Lucro não realizado = lucro na operação x % não vendido Lucro não realizado = 50.000 x 20% = 10.000 GABA LETRA D OBS. 1 : Prezado Concurseiro, atenção: “vendeu estoques com margem de x%”, calcule diretamente : Valor da venda x margem. “Vendeu estoques com margem de x% sobre o custo”: use o esquema que detalhamos acima.
7.2.4. – Eliminação dos saldos dos lucros não realizados na Demonstração do Resultado do Exercício. Na consolidação da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), o lançamento para eliminar os lucros não realizados é o seguinte: D – Receita de Vendas (pelo total das vendas entre empresas do mesmo grupo) C – Estoque ( pelo valor do lucro não realizado) C – CMV ( pela diferença: Vendas – lucro não realizado).
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Para entender melhor: Vamos supor que a Empresa A vendeu a vista por 10.000 estoques que custaram 6.000 para sua controlada B. Considerando que nada tenha sido vendido a terceiros, temos os seguintes lançamentos: Empresa A: Reconhecimento da receita D - Caixa....................................................10.000 C – Receita de vendas (resultado).............10.000 Baixa do Estoque e reconhecimento do custo: D – CMV.....................................................6.000 C – Estoque................................................6.000 Empresa B: D – Estoque...............................................10.000 C – Bancos.................................................10.000 O lucro não realizado no estoque de B é de 4.000 (10.000 – 6.000). Consolidação da DRE: A
B
sub. Total
débito
crédito
4.000
6.000
consolidado Estoque
10.000
10.000
DRE Vendas CMV
10.000
10.000
6.000
6.000
-------------Lucro bruto
4.000
---------4.000
10.000
--x-6.000
--x---
------------ ------------10.000
6.000
--x--
Repare que o balanço consolidado apresenta estoque de 6.000 (que é o valor pelo qual o estoque foi adquirido de terceiros). O Resultado consolidado é zero (não houve venda a terceiro). Vamos examinar agora como ficaria a consolidação caso todo o estoque da Empresa B fosse vendido a terceiros por 15.000, a vista. Lançamentos em B: Reconhecimento da receita
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D - Caixa....................................................15.000 C – Receita de vendas (resultado).............15.000 Baixa do Estoque e reconhecimento do custo: D – CMV.....................................................10.000 C – Estoque................................................10.000 Consolidação da DRE: A
B
sub. Total
débito
crédito
consolidado Estoque
--x---
--xx--
DRE Vendas CMV
10.000
15.000
25.000
6.000
10.000
16.000
----------- --------Lucro bruto 9.000
4.000
---------5.000
10.000
15.000 10.000
6.000
------------ ------------- -----------9.000
10.000
10.000
O estoque está zerado, pois foi todo vendido. Na DRE consolidada, aparecem apenas as operações com terceiros: Compra do estoque por 6.000 e venda por 15.000, gerando um lucro bruto de 9.000. Muito bem. A partir destes dois casos extremos, podemos deduzir a seguinte regra geral, para qualquer nível de venda dos estoques: Ajustes na DRE consolidada: D – Receita de Vendas (pelo total das vendas entre empresas do mesmo grupo) C – Estoque (pelo valor do lucro não realizado) C – CMV (pela diferença: Vendas – lucro não realizado). Pois bem, agora, emos à resolução das nossas questões... 8. Usando o esquema de cálculo do item 7.2.3: Valor da Venda
10.000.000
(-) CMV
( 6.000.000)
(=) Lucro na operação
4.000.000
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x % não vendido a terceiros (=) Lucro não realizado
x 10 % 400.000
Gabarito B. 9. O valor da venda a terceiro está aí só para atrapalhar. Não será usado para nada, nesta questão. Calculando conforme o esquema do item 7.2.4; D – Receita de Vendas (pelo total das vendas)
10.000.000
C – Estoque ( pelo valor do lucro não realizado)
400.000
C – CMV (pela diferença: Vendas – lucro não realizado) 9.600.000 Gabarito A. Observação: Se a questão já apresentar o lançamento de ajuste na Controladora D – Lucros Não Realizados (resultado).........180 C – Lucros a apropriar ( investimento)..........180 Estorne o lançamento acima e faça o ajuste como era feito antes, no balanço consolidado: D – Vendas (pelo valor total das vendas intercompanhias) C – Estoque (pelo valor do lucro não realizado) C – CMV (pela diferença vendas – lucro não realizado) 10. Novo PL 2007..............R$100.600.000,00 x 80% = R$ 80.480.000,00 Abatemos Lucro não realizado .............................. (R$ 400.000,00) Portanto ganho de Equivalência de..............................R$ 80.000,00. Lançamento: D – Investimento Societários C- Receita/Ganho Eq. Patrimonial .............................. 80.000,00 Gabarito D. 11. São consideradas operações com partes relacionadas (A) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos. (B) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários.
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(C) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas. (D) o adiantamento a empregados e a fornecedores. (E) os contratos de seguros e benefícios a empregados. Comentários O assunto está prescrito no C 05, que define: Os relacionamentos com partes relacionadas são uma característica normal do comércio e dos negócios. Por exemplo, as entidades realizam frequentemente parte das suas atividades por meio de controladas, empreendimentos controlados em conjunto (t ventures) e coligadas. Nessas circunstâncias, a entidade tem a capacidade de afetar as políticas financeiras e operacionais da investida por meio de controle pleno, controle compartilhado ou influência significativa. O relacionamento com partes relacionadas pode ter efeito na demonstração do resultado e no balanço patrimonial da entidade. As partes relacionadas podem levar a efeito transações que partes não relacionadas não realizariam. Por exemplo, a entidade que venda bens à sua controladora pelo custo pode não vender nessas condições a outro cliente. Além disso, as transações entre partes relacionadas podem não ser feitas pelos mesmos montantes que seriam entre partes não relacionadas. A demonstração do resultado e o balanço patrimonial da entidade podem ser afetados por um relacionamento com partes relacionadas mesmo que não ocorram transações com essas partes relacionadas. A mera existência do relacionamento pode ser suficiente para afetar as transações da entidade com outras partes. Por exemplo, uma controlada pode cessar relações com um parceiro comercial quando da aquisição pela controladora de outra controlada dedicada à mesma atividade do parceiro comercial anterior. Alternativamente, uma parte pode abster-se de agir por causa da influência significativa de outra. Por exemplo, uma controlada pode ser orientada pela sua controladora a não se envolver em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Por essas razões, o conhecimento das transações, dos saldos existentes, incluindo compromissos, e dos relacionamentos da entidade com partes relacionadas pode afetar as avaliações de suas operações por parte dos usuários das demonstrações contábeis, inclusive as avaliações dos riscos e das oportunidades com os quais a entidade se depara. Vejamos agora o conceito de partes relacionadas.... 9. Parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a entidade que está elaborando suas demonstrações contábeis. (a) Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionada com a entidade que reporta a informação se: (i) tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a informação; (ii) tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; ou
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(iii) for membro do pessoal chave da istração da entidade que reporta a informação ou da controladora da entidade que reporta a informação. (b) Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se qualquer das condições abaixo for observada: (i) a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econômico (o que significa dizer que a controladora e cada controlada são interrelacionadas, bem como as entidades sob controle comum são relacionadas entre si); (ii) a entidade é coligada ou controlada em conjunto (t venture) de outra entidade (ou coligada ou controlada em conjunto de entidade membro de grupo econômico do qual a outra entidade é membro); (iii) ambas as entidades estão sob o controle conjunto (t ventures) de uma terceira entidade; (iv) uma entidade está sob o controle conjunto (t venture) de uma terceira entidade e a outra entidade for coligada dessa terceira entidade; (v) a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários são os empregados de ambas as entidades, a que reporta a informação e a que está relacionada com a que reporta a informação. Se a entidade que reporta a informação for ela própria um plano de benefício pós-emprego, os empregados que contribuem com a mesma serão também considerados partes relacionadas com a entidade que reporta a informação; (vi) a entidade é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoa identificada na letra (a); (vii) uma pessoa identificada na letra (a)(i) tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do pessoal chave da istração da entidade (ou de controladora da entidade). Ainda, vejamos: 21. Seguem exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada: (a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados); (b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos; (c) prestação ou recebimento de serviços; (d) arrendamentos; (e) transferências de pesquisa e desenvolvimento; (f) transferências mediante acordos de licença; (g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente); (h) fornecimento de garantias, avais ou fianças;
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(i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e (j) liquidação de ivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada. De posse desses dois itens da norma, analisemos as assertivas: São consideradas operações com partes relacionadas (A) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos. Incorreto. Apenas as compras e vendas de bens com partes relacionadas e não com fornecedores diversos. (B) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários. Incorreto. Acionistas minoritários não se enquadram no conceito de partes relacionadas. (C) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas. Correto. De acordo com item 21, h, do C 05, combinado com item 9, b, ii. (D) o adiantamento a empregados e a fornecedores. Incorreto. Não se trata, também, de parte relacionada. (E) os contratos de seguros e benefícios a empregados. Incorreto. Não se trata, também, de parte relacionada, salvo se houver compartilhamento de riscos, nos termos do item 34B do C 33 – Benefícios a empregados. Gabarito C.
12. A Cia. Eclipse Supermercados, dando continuidade à sua estratégia de expansão, no início de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo Luna, cujo capital social totalmente subscrito e integralizado, na ocasião, será formado por um total de 2.000.000 de ações, distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias e preferenciais, todas com valor nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o controle direto de todas as suas investidas, desembolsando sempre o valor mínimo necessário. Neste caso, de acordo com a legislação societária, para manter o controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa deverá integralizar o capital social da investida no valor de (A) R$ 66.000.000,00 (B) R$ 60.000.000,00 (C) R$ 30.000.030,00 (D) R$ 20.000.300,00 (E) R$ 15.000.030,00 Comentários Segundo a Lei das Sociedades por Ações
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Art. 243. § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos es. O controle está associado ao conceito de mandar, podendo ser exercido direta ou, ainda, indiretamente. Outra norma importantíssima que traz o conceito de controlada é a IN CVM 247, que prescreve: Art. 3º - Considera-se controlada, para os fins desta Instrução: I - sociedade na qual a investidora, diretamente ou indiretamente, seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente: a) preponderância nas deliberações sociais; e b) o poder de eleger ou destituir a maioria dos es. II - filial, agência, sucursal, dependência ou escritório de representação no exterior, sempre que os respectivos ativos e ivos não estejam incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização específica; e III - sociedade na qual os direitos permanentes de sócio, previstos nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo estejam sob controle comum ou sejam exercidos mediante a existência de acordo de votos, independentemente do seu percentual de participação no capital votante. Parágrafo único. Considera-se, ainda, controlada a subsidiária integral, tendo a investidora como única acionista. Analisando o enunciado da questão percebemos que se trata de hipótese de controle direto! Controle direto é aquele exercido diretamente pela investidora (e não por terceiro, óbvio!) sobre a investida, através de sua Assembléia Geral. As sociedades anônimas possuem dois tipos de ações: 1) ordinárias: dão direito a voto; 2) preferenciais: não dão direito a voto, mas têm preferências na distribuição de dividendos. O voto é utilizado nas tomadas de decisões sociais, na Assembléia Geral, órgão máximo deliberativo de uma SA. Para haver preponderância nas deliberações sociais através da AG faz necessária a propriedade de mais de 50% das ações que dão direito a voto, isto é, 50% das ações + 1 ação, o que caracteriza, também, o controle. Ademais, devemos notar que a questão diz que o capital social é distribuído de acordo com os limites legais. A lei das SA´s, artigo 15, §2º, estabelece que no máximo 50% do total das ações emitidas poderá ser preferencial (ou seja, que não dão direito a voto). Enfim, extraímos as seguintes conclusões da questão: 1) A empresa Eclipse quer o controle DIRETO na Cia Luna, desembolsando o mínimo. 2) O controle é caracterizado pela preponderância nas deliberações sociais (nas SA´s pela Assembléia Geral).
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3) Votam na Assembléia Geral apenas as ações ordinárias (as preferenciais não). 4) A Cia. Eclipse deve, portanto, possuir 50% + 1 ação ordinária da Cia. Luna como mínimo. 5) Como são 2.000.000 ações distribuídas de acordo com o limite legal, podemos inferir que 1.000.000 serão ordinárias e 1.000.000 serão preferenciais (LSA, art. 15, §2º). 6) O controle será exercido por 500.001 ações ordinárias (50% + 1 ação), o que equivale a 15.000.030,00 (500.001 x R$ 30). Ok? Entendido? Gabarito E. 13. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é correto afirmar que (A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais. (B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais. (C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados. (D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados. (E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção. Comentários A contabilidade de custos é um dos ramos da contabilidade. Cuida ela, precipuamente, da atribuição de custos da produção e seu controle. O gasto pode ser dividido em quatro espécies: 1) despesas; 2) custos; 3) perdas; e 4) investimentos. Interessa-nos, por ora, os custos. Custos, de acordo com a melhor doutrina, são gastos com bens que serão utilizados na produção de outros bens. Em suma, são os gastos que se correlacionam com a atividade produtiva. Exemplos: salários de funcionários que trabalham na fábrica, aluguéis do imóvel em que funciona a fábrica, seguro das máquinas que atuam na fábrica. As indústrias basicamente possuem dois tipos de estoques: 1) produtos em elaboração; 2) produtos acabados. O custo de produção do período, chamado de P, pode ser definido como o tal dos cursos incorridos na produção em um determinado espaço de tempo.
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Em linguagem algébrica, podemos defini-lo da seguinte forma: Custo da produção do período = material direto + mão de obra direito + custos indiretos de fabricação. Vamos elaborar um enunciado para exemplificar a questão. Suponha que a empresa Alfa tenha gasto R$ 1.000,00 com a compra de matéria-prima. Em seguida, a toda essa matéria-prima para produção no período. O razonete fica assim... Na compra: Matéria prima R$
1.000,00
Na transferência para o setor produtivo: Matéria prima R$
Produtos em elaboração
1.000,00
R$
1.000,00
R$
1.000,00
Suponha-se que R$ 500 foram gastos com mão-de-obra direta para a produção e, também, que R$ 200 são gastos com custos indiretos de fabricação. Todos esses gastos não são alocados na Demonstração do Resultado do Exercício, por se tratar de custo. O custo será agregado ao valor da mercadoria (na conta produtos em elaboração). Vai ficar assim:
Matéria prima R$
Produtos em elaboração
1.000,00
R$
1.000,00
R$
1.000,00
R$
500,00
R$
200,00
Se deste total, 60% foram acabados, aremos a essa porcentagem para o razonete produtos acabados (60% x 1.700 = 1.020). Matéria prima R$
1.000,00
R$
1.000,00
Produtos em elaboração
Produtos acabados
R$
1.000,00
R$
R$
500,00
R$
200,00
R$
1.700,00
R$
1.020,00
1.020,00
E se agora metade desses produtos forem vendidos? Daríamos saída do estoque de produtos acabados (por crédito) e debitaríamos custo dos produtos vendidos. Estaria assim:
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Contabilidade para concursos – AFR SP 2009 (FCC) e Fiscal de Rendas RJ 2008 (FGV) Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Matéria prima R$ 1.000,00
Produtos em elaboração R$ 1.000,00
R$
1.000,00
R$
500,00
R$
200,00
R$
1.700,00
R$
680,00
R$
R$
1.020,00
Produtos acabados
Custo dos vendidos
R$
1.020,00
R$
R$
510,00
R$ 510,00
produtos
510,00
1.020,00
Exploremos o nosso enunciado. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica = MOD + CIF + MD No nosso caso, seria 1000 + 500 + 200 = 1.700. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período Na questão são os 1.020 (que equivalem a 60% da produção do período). Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos é o que vendemos no período, que equivale a R$ 510,00. Em custos, trabalharemos basicamente com esses quatro razonetes. Vamos analisar as assertivas... (A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais. Incorreto. Na nossa questão o custo de produção foi maior do que o custo dos produtos acabados e do que o custo dos produtos vendidos. Todavia, nada impede que haja um saldo anterior de produtos acabados (provindo de um exercício ado). Se, no nosso exemplo, tivéssemos um saldo anterior de produtos acabados de R$ 5.000,00 e mantivéssemos a porcentagem de venda, 50%, o custo do produto vendido seria R$ 3.010,00, que equivale a [(5.000 + 1020) x 50%]. (B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais. Incorreto. O custo da produção acabada pode ser maior do que o custo dos produtos vendidos. Veja o nosso exemplo, o A foi de R$ 1.020 e o V foi de R$ 510. (C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados. Incorreto. Não podemos afirmar que será maior. Em nosso exemplo foi menor do que o custo de produção do período e, também, do que o custo dos produtos acabados. (D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados. Correto. Um ou outros desses custos pode ser maior, dependendo da situação e do exercício em que se está fazendo a análise. (E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção.
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Incorreto. O custo de produção acabada pode ser menor que os demais. Na nossa questão foi menor do que o custo de produção do período. Gabarito D. 14. Para um ponto de equilíbrio financeiro de 100 unidades, os custos e despesas variáveis, os custos e despesas fixas, o preço líquido de venda unitário e a depreciação devem ser os expressos em:
Comentários Em lição simples, ponto de equilíbrio é o nível que custos e despesas são iguais às receitas totais da empresa. Qual a conseqüência disso? Neste ponto não há que se falar em lucro ou prejuízo. O ponto de equilíbrio financeiro é aquele em que as saídas de caixa equivalem às entradas de caixa, monetariamente falando. Para achá-lo, os itens que não representam saídas ou entradas de caixas devem ser desconsiderados, tal como a depreciação. Vamos exemplificar com o item a... As entradas de caixa são 100 unidades x R$ 200,00, ou seja, 20.000,00. A saídas de caixa são R$ 30,00 x 100 unidades + R$ 14.000 – 800 = 3.000 + 13.200 = 16.200,00. Ou seja, teremos um saldo de 3.800,00, que é diferente de zero. Não estamos, portanto, no ponto de equilíbrio financeiro. Reparem que a depreciação foi retirada, uma vez que não representa efetivo desembolso de recurso. Item incorreto. Letra b: Entradas de caixa: 100 unidades x R$ 150,00 = 15.000,00 Saídas de caixa: R$ 40,00 x 100 unidades + R$ 11.900 – R$ 900 = 15.000,00. Opa! Equivaleram as saídas e as entradas de caixa. Logo, este é o gabarito da questão. Letra c: Incorreta.
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Entradas de caixa: 100 unidades x R$ 150,00 = 15.000,00 Saídas de caixa: R$ 50,00 x 100 unidades + R$ 11.650 – R$ 650 = 16.000,00. Total: (1.000,00) Letra d: Incorreta. Entradas de caixa: 100 unidades x R$ 200,00 = 20.000,00 Saídas de caixa: R$ 60,00 x 100 unidades + R$ 15.000 – R$ 750 = 20.250,00. Total: (250,00) Letra e: Incorreta. Entradas de caixa: 100 unidades x R$ 270,00 = 27.000,00 Saídas de caixa: R$ 70,00 x 100 unidades + R$ 16.000 – R$ 850 = 22.150,00. Total: 4.850,00 Nosso gabarito, portanto, é a letra B. Gabarito B.
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15. Considere as informações apresentadas, no quadro abaixo, referentes à movimentação de estoques de materiais na empresa Y.
Considerando que a apuração do custo dos produtos vendidos é feita mensalmente, o critério de avaliação dos Materiais Diretos (Preço Médio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcançar melhor resultado no período de X0 é (A) PEPS. (B) UEPS. (C) Médio. (D) PEPS e UEPS o mesmo resultado. (E) Médio e PEPS o mesmo resultado. Comentários O melhor resultado é o método que apresenta o menor CMV, conseqüentemente a menor despesa para a empresa. Na questão temos de calcular um a um os métodos de controle de estoques... Primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS) Data
Entrada Quant.
Saída RS
Saldo
Quant.
Saldo RS
Saldo
Dezembro Janeiro
100
R$ 100,00
Fevereiro Março
R$ 10.000,00 R$
200
R$ 50,00
-
Julho
100
R$ 80,00
R$ 8.000,00
Setembro
150
R$ 60,00
R$ 9.000,00
Custo da mercadoria vendida
R$ 100,00
R$
5.000,00
R$ 10.000,00
Maio
Dezembro
50
R$
-
50
R$ 100,00
R$
5.000,00
50
50
R$
2.500,00
150
50
R$
7.500,00
R$ 20.000,00
Quant.
RS
Saldo
0
0
0
100
R$ 100,00
R$ 10.000,00
50
R$ 100,00
R$ 5.000,00
50
R$ 100,00
R$ 5.000,00
200
R$ 50,00
R$ 10.000,00
150
R$ 50,00
R$ 7.500,00
150
50
R$ 7.500,00
100
80
R$ 8.000,00
150
50
R$ 7.500,00
100
80
R$ 8.000,00
150
60
R$ 9.000,00
100
80
R$ 8.000,00
150
60
R$ 9.000,00
Estoque final
R$ 17.000,00
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Último que entra, primeiro que sai (UEPS) Data
Entrada Quant.
Saída RS
Saldo
Quant.
Saldo RS
Saldo
Dezembro Janeiro
100
R$ 100,00
R$ 10.000,00
Fevereiro Março
50 200
R$ 50,00
Setembro
100
100
150
R$ 80,00
R$ 60,00
R$
5.000,00
R$ 10.000,00
Maio
Julho
R$ 100,00
R$ 50,00
R$
5.000,00
R$ 8.000,00
R$ 9.000,00
Dezembro
150
60
Custo da mercadoria vendida
R$
9.000,00
R$ 19.000,00
Quant.
RS
Saldo
0
0
0
100
R$ 100,00
R$ 10.000,00
50
R$ 100,00
R$ 5.000,00
50
R$ 100,00
R$ 5.000,00
200
R$ 50,00
R$ 10.000,00
50
R$ 100,00
R$ 5.000,00
100
R$ 50,00
R$ 5.000,00
50
100
R$ 5.000,00
100
50
R$ 5.000,00
100
80
R$ 8.000,00
50
100
R$ 5.000,00
100
50
R$ 5.000,00
100
80
R$ 8.000,00
150
60
R$ 9.000,00
50
100
R$ 5.000,00
100
50
R$ 5.000,00
100
80
R$ 8.000,00
Estoque final
R$ 18.000,00
Média ponderada Data
Entrada Quant.
Saída RS
Saldo
Quant.
Saldo RS
Saldo
Dezembro Janeiro
100
R$ 100,00
R$ 10.000,00
Fevereiro Março
R$ 50,00
R$ 100,00
R$
5.000,00
R$ 10.000,00
Maio
RS
Saldo
0
0
0
100 50
200
Quant.
100
R$ 60,00
R$
6.000,00
50
R$ 100,00 R$ 100,00
R$ 10.000,00 R$
5.000,00
250
R$ 60,00
R$ 15.000,00
150
R$ 60,00
R$
9.000,00
Julho
100
R$ 80,00
R$ 8.000,00
250
R$ 68,00
R$ 17.000,00
Setembro
150
R$ 60,00
R$ 9.000,00
400
R$ 65,00
R$ 26.000,00
250
65
R$ 16.250,00
Dezembro
Custo da mercadoria vendida
150
65
R$
9.750,00
R$ 20.750,00
Estoque final
R$ 16.250,00
Veja que, dos três métodos, o que apresenta o menor CMV é o UEPS, sendo que o gabarito da nossa questão é a letra b. Gabarito B.
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16. No processo produtivo, as perdas normais e as sucatas devem receber o tratamento contábil expresso em:
Comentários As perdas anormais são aquelas imprevisíveis, aleatórias e involuntárias decorrentes de acidentes ou extravio (remuneração de pessoal em greve, incêndio, etc). As perdas normais são previsíveis (sobra de pano na confecção de roupa). As perdas normais, como fazem parte do processo normal de produção são consideradas Custo de Produção. Já as perdas anormais são lançadas ao resultado como despesas operacionais. Distinga-se, portanto, perdas normas (previsíveis) das anormais (imprevisíveis). Sucatas, segundo a melhor doutrina, são produtos que se originam de forma normal durante o processo produtivo. Caracterizam-se por possuir venda esporádica (uma vez que não há mercado fixo para ela) e por possuir valor de venda insignificante face às atividades produtivas da empresa. No magistério de Osni de Moura Ribeiro, as sucatas não devem ser contabilizadas em conta de estoque, ainda que apareçam em quantidades razoáveis. Ocorrendo vendas as Receitas devem ser contabilizadas como Receitas Eventuais, pelo valor alcançado no mercado. Lançamento: Caixa a Receita eventuais (Outras receitas) Frise-se: Não há custo a ser atribuído às sucatas! O lançamento é somente o realizado acima. Nosso gabarito é, pois, a letra b. Perdas normais Integram o custo do produto de origem (sobra de pano) Sucata Não recebe custo (receita eventual) Gabarito B.
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17. Considere as seguintes informações sobre a estrutura de uma empresa: - Custos e despesas variáveis: R$ 100,00 por unidade. - Custos e despesas fixas: R$ 50.000,00 por mês. - Preço de venda: R$ 150,00 por unidade. - Aumento da depreciação: 40% O ponto de equilíbrio contábil, em unidades, considerando-se que a depreciação representa 20% do total dos Custos de Despesas fixas, é (A) 1.080 (B) 1.100 (C) 1.120 (D) 1.180 (E) 1.200 Comentários O ponto de equilíbrio contábil é atingido quando as receitas e despesas se igualam e o lucro é zero, nulo. Receitas = Custos + Despesas Receitas = Custos Fixos + Custos Variáveis + Despesas fixas + Despesas variáveis A receita é obtida pela multiplicação do preço de venda pelo número de unidades (que é o que queremos achar). O custo e despesa variável é de R$ 150,00 por unidade. Para achar o valor total, também devemos multiplicar pelo número de unidades. Por seu turno, os custos e despesas fixas somam R$ 50.000,00. Segregando este valor temos que 20% representam depreciação, isto é, R$ 10.000,00 (20% x 50.000). Vejam que a questão diz que a depreciação aumentou em 40%. Estes 40% devem ser calculados sobre os R$ 10.000,00. Logo, podemos dizer que a depreciação aumentou em R$ 4.000,00, o que eleva os custos e despesas fixas para R$ 54.000,00 (50.000 + 4.000). 150 . X = 100 . X + 54.000,00 150 X – 100 X = 54.000 50 X = 54.000,00 X = 1.080,00 unidades. Gabarito A. 18. Na terminologia de custos, são custos de conversão ou transformação: (A) Mão de obra direta e Mão de obra indireta. (B) Mão de obra direta e Materiais diretos. (C) Custos primários e Custos de fabricação fixos. (D) Matéria-prima, Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. (E) Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. Comentários
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É a parte dos custos que considera os gastos necessários para a transformação da matéria-prima, isto é, mão de obra direta e, também os custos indiretos de fabricação. Grave-se: Custos de transformação = MOD + CIF. Gabarito E.
19. A grande finalidade do Custo Padrão é (A) o planejamento e controle de custos. (B) a gestão de preços. (C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras. (D) a rentabilidade de produtos. (E) o retorno do investimento. Comentários Algumas empresas utilizam-se na gestão de seus negócios do controle de custos não pelos valores efetivamente incorridos, mas, sim, por valores estimados, ajustados conforme o valor que tenha sido efetivamente incorrido posteriormente. O denominado custo padrão serve para que possamos avaliar o andamento dos custos de um negócio, especificamente de seus estoques de produtos acabados e em acabamento. Os custos, no custo padrão, são apurados por valores pré-estabelecidos, como já dissemos. O objetivo do custeio padrão é, pois, o planejamento e controle de custos. Ilustraremos esse tipo de custeio através da questão seguinte. Gabarito A.
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20. Uma empresa utiliza em sua contabilidade o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês, apurou uma variação de ociosidade de mão de obra direta, conforme o quadro abaixo: Com base nas informações apresentadas, o valor da variação de ociosidade foi
(A) R$ 5.000,00 positiva. (B) R$ 5.000,00 negativa. (C) R$ 10.000,00 negativa. (D) R$ 15.000,00 negativa. (E) R$ 20.000,00 negativa. Comentários Dissemos que o custo padrão trabalha com estimativas, devendo a empresa proceder ao ajuste do custo estimado ao realmente ocorrido. A indústria, neste caso, poderia utilizar 15.000 horas para produção. Contudo, houve utilização somente de 10.000 horas de mão-de-obra (4.000 unid. x 2,5 horas/unid.). Assim, podemos dizer que a empresa previu 5.000 horas que não foram utilizadas, custando R$ 4,00 cada uma dessas horas, o que resultado num total de R$ 20.000,00 (4,00 x 5.000). Pode-se dizer, então, que a variação de é R$ 20.000,00 negativa. Gabarito E. 21. A diferença fundamental do Custeio Baseado em Atividades − Activity-Based Costing − em relação aos sistemas tradicionais − Variável e Absorção está no tratamento dado (A) aos custos diretos de fabricação. (B) ao ponto de equilíbrio financeiro. (C) aos custos indiretos de fabricação. (D) às despesas variáveis. (E) às despesas financeiras. Comentários
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Custeio baseado em atividades ou custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. Esta é uma metodologia desenvolvida pelos professores americanos Robert Kaplan e Robin Cooper em meados da década de 1980 (Harvard), voltada à análise de custos de atividades, seus direcionadores, objetos de custos focada para um tratamento especial de custos indiretos. Martins (2003, p. 87) informa que o Custeio Baseado em Atividades "é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos". Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor. O gabarito da nossa questão é, portanto, a letra c. Gabarito C. 22. Uma empresa apura os custos da produção vendida utilizando dois métodos: método do custeio por absorção e método do custeio variável. No início do período, não havia em estoque unidades acabadas ou semi-acabadas. No mês, foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No final do período, a empresa apurou resultado líquido de R$ 310.000,00, pelo custeio variável, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absorção. Levando-se em consideração que os custos variáveis representam 50% do preço de venda, os valores do preço unitário de venda, custo unitário variável e custo fixo total do mês são, respectivamente: (A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00 (B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00 (C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00 (D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00 (E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00 Comentários O Custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço)absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação. O custeio direto, ou custeio variável, é um tipo de custeio que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse modo, o custo dos
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produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão custos variáveis. Note-se que a diferença entre os critérios reside, justamente, no tratamento dado aos custos fixos! Feito isso, analisemos a nossa questão. Dissemos que a diferença entre os métodos está no tratamento dado aos custos fixos. Pois bem. Sabem que 4.000 unidades foram vendidas. A diferença entre o resultado no custeio por absorção e no custeio variável é de R$ 30.000,00 (340.000 – 310.000). O resultado no custeio variável é menor, tendo em vista que os custos fixos são integralmente alocados no resultado do período, enquanto no custeio por absorção esse custo fixo é proporcional ao volume de unidades vendidas. Apenas o custo fixo relativo a 4.000 unidades fora levado para o resultado. Essa diferença de R$ 30.000,00 equivale, no custeio por absorção, ao custo fixo que ficou no estoque para as 2.000 unidades que restam vender do produto. Ora, se R$ 30.000,00 equivale ao custo fixo de 2.000 unidades que mantivemos no estoque, vamos achar o valor total do custo fixo por regra de três simples: R$ 30.000 ------------- 2.000 unidades R$ X ---------------------- 6.000 unidades 2.000 X = 180.000 X = R$ 90.000,00 (Custo fixo total) Agora está fácil. Vamos apurar o lucro em qualquer um dos sistemas. Vamos escolher o custeio por absorção. Lucro = Receita – Custos 340.000 = P x Q – (Custo fixo + custo variável) 340.000 = P x Q – 60.000 - CV x Q Temos que CV = 0.5 x P Logo, 340.000 = P x Q – 60.000 - 0,5 x P x Q 0,5 P x Q = 400.000 (como vendemos 4.000 unidades, Q = 4.000) 0,5 P x 4.000 = 400.000 P = 400.000/2.000 = R$ 200,00 Este é o preço unitário de venda. Como Custo variável = 0,5 x P, temos que CV = 0,5 x 200 = R$ 100,00. Gabarito A.
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23. A empresa Modelo possui os seguintes saldos no período 2:
Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3 unidades de matéria-prima. A empresa planeja produzir 150.000 unidades no período 2. O número de unidades de matéria-prima que a empresa necessita adquirir é (A) 350.000 (B) 420.000 (C) 450.000 (D) 480.000 (E) 530.000 Comentários Vamos trabalhar com o razonete matéria-prima: Matéria prima 20.000 3 x 150.000 50.000 Veja que, a priori, deveríamos adquirir 3 x 150.000 unidades de matéria-prima, para atender o que a empresa deseja produzir. Assim ficaríamos da seguinte forma: Matéria prima 20.000 450.000
450.000,00
20.000 Ocorre que a questão informa que o nosso estoque final é 50.000 unidades, portanto, adicionalmente às 450.000 unidades foram adquiridas mais 30.000 matérias-primas, totalizando 480.000 unidades, o que fecha o razonete da seguinte forma: Matéria prima 20.000 480.000
450.000,00
50.000 Gabarito D.
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24. No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de produção das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semiacabadas. Nesse mesmo mês, foram terminadas 1.500 unidades que eram semiacabadas no final do mês anterior. Nas unidades semiacabadas do mês anterior, 2/3 de todos os custos já haviam sido aplicados. Nas unidades semiacabadas do mês, 50% de todos os custos já foram aplicados. O custo total de produção (Diretos e Indiretos) do período é R$ 487.500,00. O custo total aplicado à produção semiacabada no mês anterior foi R$ 15.000,00. A Empresa produz somente um produto. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo unitário médio do mês é, em R$, (A) 50,00 (B) 45,00 (C) 30,00 (D) 25,00 (E) 15,00 Comentários As indústrias de produção contínuas são as que fabricam de modo contínuo seus produtos. No fim de um período, as indústrias podem ter em seu estoque mercadorias do seguinte tipo: - Iniciados em período anterior, acabados no presente período. - Iniciados e acabados no período presente. - Iniciados no presente período, acabados em período posterior. Assim, o custo total da produção pode vir de um ou mais períodos, dependendo de quando se inicia e quando se termina a produção. Para que a istração saiba a quantas unidades acabadas equivalem as em elaboração, utilizamos a técnica do equivalente de produção. Expliquemos pelo exemplo. - Iniciadas e terminadas no período: 18.000 unidades. - Iniciadas em período anterior e acabadas no período presente: 1.500 x 1/3 (custo que ainda falta incorrer, 2/3 já foram no período ado) = 500 unidades (expliquese: equivale a 500 unidades). - Iniciadas no período presente, acabadas em período posterior: 2.000 x 50% = 1.000 unidades (equivalência). Assim, temos o equivalente a 19.5000 unidades produzidas (18.000 + 500 + 1.000), o que dá um custo unitário médio de produção de 487.500/19.500 = R$ 25,00. Gabarito D.
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25. Ainda com os dados da questão anterior, utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo total da produção acabada no mês é, em R$, (A) 502.500,00 (B) 487.500,00 (C) 477.500,00 (D) 450.500,00 (E) 435.500,00 Comentários Teremos de trabalhar com a conta estoque de produtos em elaboração, que tem o saldo inicial de R$ 15.000,00. A produção do mês é de 487.500,00, como já visto na questão anterior. Somando esses dois valores, temos um saldo total de 502.500,00, que equivale ao total dos custos dos produtos acabados e em elaboração do período. No meu estoque de produtos em elaboração restaram 2.000 unidades apenas (20.000 adquiridas – 18.000 acabadas). Ocorre que apenas 50% dos custos foram aplicados a estas unidades, o que totaliza 2.000 x R$ 25,00 x 50% = 25.000,00. Temos, portanto, o seguinte: 1) Os produtos em elaboração de período anterior tem saldo inicial de R$ 15.000,00. 2) R$ 487.500,00 são incorridos no período presente. 3) O total R$ 502.500,00 representa a soma dos itens 1 e 2, portanto, produtos acabados e não acabados. 4) R$ 25.000,00 representam estoques de produtos ainda não acabados, o que resulta num custo de produção acabada de R$ 502.500,00 – 25.000,00 = R$ 477.500,00. Gabarito C.
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ICMS RJ 2008 - FGV 90. Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos três últimos trimestres apurou o seguinte: Trimestre Produção (em unidades) custo total de fabricação (em $)
1 5.000 40.000,00
2 5.200 42.000,00
3 6.000 45.000,00
Sabe-se que: -- a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção; -- a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método PEPS; -- não houve variação de preços no período. Utilize o método maior-menor para classificar os custos entre fixos e variáveis e determine o custo total de fabricação do quarto trimestre para uma produção total de 6.500 unidades. (A) Maior que $48.000,00. (B) Entre $47.000,01 e $48.000,00. (C) Entre $46.000,01 e $47.000,00. (D) Entre $45.000,01 e $46.000,00. (E) Menor ou igual a $45.000,00. Resolução: A única dificuldade era entender o que a FGV queria dizer por “método maior-menor”. Na literatura estrangeira, o nome é “high-low method”, conforme abaixo : “high-low method A technique used to determine the variable rate (slope of a total cost line) of an independent variable and the fixed amount by using just two points: the highest point and the lowest point. For example, if at the highest volume of processing items there were 10,000 items processed at a total cost of $35,000 and at the lowest volume there were 6,000 items processed at a total cost of $27,000, the high-low method indicates the variable rate was $2 per unit. ($35,000 – $27,000) divided by (10,000 – 6,000). The fixed amount will be $15,000 [$27,000 – $2(6,000)].” Tradução livre : “ high-low method Um técnica usada para determinar o custo variável (inclinação da reta de custo total) de uma variável independente e o valor fixo usando two pontos : o ponto mais alto e o mais baixo. Por exemplo, se ao volume mais alto de itens processados há 10000 itens, a um custo total de $35.000 e ao volume mais baixo há 6.000 itens processados ao custo total de $27,000, o high-low method indica que o custo
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variável é de $2 por unidade (($35,000 – $27,000) dividido por (10,000 – 6,000). O valor fixo será de $15,000 [$27,000 – $2(6,000)].” A Ilustre Banca traduziu “high-low method” como “método maior-menor”. Não é esse, entretanto , o nome de tal método usado na literatura brasileira. Sérgio de Iudícibus, no livro “Análise de Custos”, Editora Atlas, 2a. Edição, 1989, pg. 21, refere-se a esta forma de cálculo como “Método do ponto de máximo e de mínimo”. No livro “Contabilidade de Custos”, de Edward J. Vanderbeck e Charles F. Nagy, Editora Thomson, 11a. Edição, 1999, traduzido por Robert Brian Taylor e com Revisão Técnica de Elias Pereira (mestrando em Ciências Contábeis e Finanças), tal forma de cálculo é chamada de método Alto-Baixo. Mas, deixando de lado a confusão em torno do nome, a questão é bem simples. Vamos calcular os custos variáveis e os custos fixos, usando a maior e a menor quantidade produzida (os pontos “maior-menor”, ou os “pontos de máximo e de mínimo”, ou o “método alto-baixo). Assim: Resolução Trimestre...................1..................... ......3...............diferença Produção.................5000..................... ..6000.............1000 Custo.....................40.000.................. .45.000.............5.000 Dividindo 5000 de custo por 1000 de produção, obtemos um custo variável de $ 5,00. Substituindo nos dados do terceiro trimestre, temos CF + CV = 45000 CF + (6000 x 5,00) = 45.000 Cf + 30000 = 45000, portanto custo fixo = 15.000,00 e custo variável = 5,00; Substituindo para produção = 6500, temos 15.000 + (6500 x 5,00) = 47.500,00 LETRA B. 91. Questão de Auditoria – não analisada neste e-book. 92. Em consonância à Resolução CFC 921/01, determine o valor do ivo Circulante da Cia. Arrendatária a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e a entidade arrendadora, segundo o
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qual a arrendatária se obriga a pagar 5 prestações anuais e iguais no valor unitário de R$ 8.500,00, mais o valor da opção de compra no montante de R$ 190,76 ao final do quinto ano, juntamente com a última prestação anual; e a arrendadora se obriga a entregar, nesse ato, o bem arrendado (um veículo que será utilizado para arrendatária em suas atividades operacionais normais). Sabe-se que: -- o contrato foi firmado em 31/12/2008; -- a primeira prestação vence em 31/12/2009 e todas as demais prestações vencem no dia 31 de dezembro dos anos subseqüentes; -- o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00; -- a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano. -- o Balanço Patrimonial da Cia. Arrendatária apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o contrato em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte: Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente
20.000,00 30.000,00 50.000,00
ivo Circulante Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido
15.000,00 25.000,00 60.000,00
(A) R$ 3.900,00 (B) R$ 8.500,00 (C) R$ 15.000,00 (D) R$ 19.600,00 (E) R$ 23.500,00 Resolução: A resolução CFC 921/01 foi revogada. Atualmente, está em vigor a
Resolução CFC N.º 1.304/10. Mas não houve alteração na forma de resolução da questão, que continua válida. Conforme a Resolução CFC 921/01 : “10.2.2.1.4 - O encargo financeiro deve ser apropriado no resultado em função do prazo de vencimento das contraprestações pelo critério pro rata dia, mediante a utilização do método exponencial, observada a competência.” Conforme o FIPECAFI, “Manual de contabilidade “, 7ª. Edição, pg. 199 a 201, o método exponencial é calculado da seguinte forma:
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ano
saldo inicial
juros 13%
valor inic. + juros
pagamento
saldo
1 2 3 4 5
30.000,00 25.400,00 20.202,00 14.328,26 7.690,93
3.900,00 3.302,00 2.626,26 1.862,67 999,82
33.900,00 28.702,00 22.828,26 16.190,93 8.690,76
-8.500,00 -8.500,00 -8.500,00 -8.500,00 -8.500,00
25.400,00 20.202,00 14.328,26 7.690,93 190,76
Contabilização no reconhecimento da contrato : D – veículo arrendado.........................................30.000 D – Encargos financ. A transcorrer.....(PC)...........3.900 C – Arrendamento a pagar .(PC)...........................8.500 D – Encargos financ. A transcorrer (PELP).........8.790,76 C – Arrendamento a pagar ( PELP)....................34.190,76 Montei a tabela completa, acima, conforme o exemplo do FIPECAFI, mas o cálculo que a FGV queria era bem mais simples : Valor do bem ..........................30.000,00 (x) taxa anual juros 13%...........3.900,00 Valor da prestação ano 1..........8.500,00 Aumento do ivo circulante : 8500 – 3900 = 4600 ivo circulante inicial 15000 + 4600 = 19.600 GABARITO LETRA D. 93. Em consonância à Resolução CFC 1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do valor contábil do imobilizado. Sabe-se que: -- o valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00; -- caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000 unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia. Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $400,00. O preço de venda do produto
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Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é $9,50; -- a Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo; -- o custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano; -- o Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte:
(A) Maior que $19.200,00. (B) Entre $18.800,01 e 19.200,00. (C) Entre $18.400,01 e 18.800,00. (D) Entre $18.000,01 e 18.400,00. (E) Menor ou igual a $18.000,00. Resolução: Mais uma questão de teste de recuperabilidade, como já é tradicional na FGV. Mas esta questão apresenta um problema que resultou na sua anulação. Vamos apresentar primeiro a resolução pretendida pela banca e depois trataremos da anulação. O teste de Recuperabilidade (também chamado de “Impairment”) parte da premissa de que nenhum ativo pode ficar registrado no balanço por valor superior aos benefícios futuros que irá produzir. Um ativo pode produzir benefícios de duas formas:
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1) sendo utilizado para produzir bens que serão vendidos, o que é chamado de “Valor em Uso”; 2) Através da venda do ativo, que é o “Valor Líquido de Venda”. Esse valor deve ser considerado líquido das despesas de venda. Comparamos o valor contábil do ativo com o maior valor apurado entre o Valor em Uso e o Valor de Venda. Se o valor contábil for menor (ou seja, o ativo irá gerar benefícios futuros que excedem o seu valor contábil), não há necessidade de nenhum ajuste. Do contrário, devemos reconhecer uma perda, cuja contabilização é a seguinte: D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado) C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo). Após estas considerações, vamos à resolução da questão. Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas. Valor contábil = Valor original (-) depreciação acumulada Valor contábil = $ 75.000,00 (-) $ 55.000,00 = $ 20.000,00 Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso. Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa. Preço de venda = $12,00 por unidade. Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é $9,50; portanto, cada unidade vendida gera fluxo de caixa de $ 2,50. De acordo com os dados da questão, podemos montar o seguinte quadro: Ano Produção 1 4.000 2 3.000 3 2.000 4 1.000 5 500 valor residual Valor Total
lucro unit. R$ 2,50 R$ 2,50 R$ 2,50 R$ 2,50 R$ 2,50
Total R$ 10.000,00 R$ 7.500,00 R$ 5.000,00 R$ 2.500,00 R$ 1.250,00
deflator 1,2 1,44 1,728 2,0736 2,48832
valor presente R$ 8.333,33 R$ 5.208,33 R$ 2.893,52 R$ 1.205,63 R$ 502,35
R$ 1.600,00
2,48832
R$ 643,00 R$ 18.786,17
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Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda. Valor Líquido de Venda = 23.000,00 -8.000,00 = 18.000,00 O valor em uso e o valor liquido de venda são menores que o valor contábil. Nesse caso, reconhecemos uma perda no teste de recuperabilidade, usando como parâmetro o maior valor entre o valor em uso e o valor liquido de venda. Assim: Valor contábil........................20.000,00 Valor em uso..........................18.786,17 Perda apurada .........................1.213,83
Contabilização: D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado).............1.213,83 C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora Ativo Imobilizado).....1.213,83 Ativo permanente inicial................20.000,00 (-) ajuste recuperabilidade.............(1.213,84) Ativo permanente final..................18.786,16 Assim, a resposta, neste caso, seria a Letra C, que foi apontada como o gabarito provisório. Ocorre que a questão misturou a terminologia antiga (ativo permanente) com a terminologia atual (ativo não circulante). O Ativo Permanente compreendia os subgrupos Investimentos, Imobilizado e Ativo Diferido. O atual Ativo Não Circulante compreende os sub-grupos Ativo Realizável a longo prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Quando a questão menciona “Outros ativos não circulantes exceto imobilizado”, se considerarmos que o valor apontado refere-se ao Ativo Realizável a Longo Prazo, chegamos à resposta da banca. Mas se considerarmos que tal valor pertence ao Investimento ou ao Ativo Intangível (que também se encaixam na descrição de “Outros Ativos não Circulantes exceto Imobilizado), aí a resposta seria 60.000,00 + 18.786,16 = 78.786,16 LETRA A. Por apresentar duas possíveis resposta, a questão foi anulada. GABARITO INICIAL LETRA C. GABARITO DEFINITIVO: ANULADA. DICA: para trazer a valor presente um fluxo de caixa com valores irregulares, como nesta questão, divida o valor residual mais o fluxo do quinto ano por 1,2, para deflacioná-los um ano. Some o resultado com o fluxo de caixa do ano 4 e divida
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novamente por 1,2, para trazer para o terceiro ano, e assim por diante, até chegar no valor presente. Assim: Valor residual 1.600 + fluxo ano 5: 1.250 = 2.850 / 1,2 = 2.375 2.375 mais fluxo ano 4: 2.500 = 4.875 / 1,2 = 4.062,50 4.062,50 mais fluxo ano 3: 5.000 = 9.062,50 / 1,2 = 7.552,08 7.552,08 mais fluxo ano 2: 7.500,00 = 15.052,08 / 1,2 = 12.543,40 12.543,41 + fluxo ano 1: 10.000,00 = 22.543,41 / 1,2 = 18.786,17 Valor presente do fluxo de caixa = 18.786,17. A diferença de centavos em relação ao outro método de cálculo refere-se a arredondamento.
94. Determinada empresa comercial apurou o seguinte balanço patrimonial no final do exercício recém-encerrado:
Sabe-se que o estoque era composto por 10.000 unidades da mercadoria X. Durante o corrente exercício, essa empresa realizou as seguintes transações – na seqüência apresentada: -- comprou 15.000 unidades da mercadoria X por $3,00 a unidade, pagando metade à vista e ficando o restante para pagar em 30 dias; -- vendeu 20.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à vista e ficando o restante para receber em 30 dias; -- comprou 9.000 unidades da mercadoria X por $4,00 a unidade, pagando tudo à vista; -- vendeu 10.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à vista e ficando o restante para receber em 30 dias. Ignore qualquer tributo e determine a diferença da Variação do Capital Circulante Líquido dessa empresa entre dois cenários: I. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das mercadorias vendidas pelo custo médio ponderado móvel;
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II. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das mercadorias vendidas pelo método primeiro que entre primeiro que sai. (A) Maior que $1.500,00. (B) Entre $1.000,01 e 1.500,00. (C) Entre $500,01 e $1.000,00. (D) Entre $0,01 e $500,00. (E) Igual a zero. Resolução: Prezado concurseiro, repare que a questão pede a diferença da Variação do Capital Circulante Líquido, considerando a avaliação dos estoques pelo custo médio ponderado móvel OU pelo PEPS. O Capital Circulante Líquido é o Ativo Circulante menos o ivo Circulante. Portanto, precisamos apenas determinar o valor do estoque final por um e outro método e apurar a diferença. As outras contas (caixa, clientes, fornecedores) não sofrem alteração em virtude do uso do PEPS ou do custo médio ponderado. Para calcular o estoque final, faça o quadro básico de controle do estoque: operação inicial compra venda compra venda estoque final
preço quantidade unitário total 10.000 2,00 20.000 15.000 3,00 45.000 -20.000 9.000 4,00 36.000 -10.000 4.000
Custo Médio ponderado móvel (acompanhe pelo quadro): inicial compra soma
10.000 15.000 25.000
2,00 3,00 2,60
20.000 45.000 65.000
Somamos o valor total e as quantidades, e dividimos o valor total pela quantidade para calcular o custo médio ponderado móvel (no caso, 2,60) Até este momento, havia 25.000 unidades em estoque. Foram vendidas 20.000 unidades e sobraram 5.000 com custo médio de 2,60. Vamos agora calcular o custo médio ponderado considerando a próxima compra: quantidade 5.000 9.000 14.000
preço unitário 2,60 4,00 3,50
total 13.000 36.000 49.000
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Apuramos o custo médio ponderado móvel de 3,50 por unidade. Como o estoque final é de 4.000 unidades, temos: 4000 x 3,50 = 14.000 Valor do estoque final pelo Custo Médio Ponderado Móvel. Para calcular o estoque final pelo PEPS, basta observar, pelo primeiro quadro de controle, que o estoque final foi de 4.000 unidades. Como a última aquisição foi de 9.000 unidades a 4,00 reais, as 4.000 unidades que restaram no estoque são parte desta compra, e portanto serão valorizadas a 4,00 reais. 4.000 unidades x 4,00 = 16.000 Diferença de estoque: 16.000 – 14.000 = 2.000 GABARITO LETRA A. 95. A Subs Ltda. produz e vende dois tipos de produtos. Para a avaliação do resultado por produtos utiliza o custeio baseado em atividades. No último período, a empresa apresentou os seguintes dados:
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O lucro bruto total de cada produto é: (A) Padrão = $139.294,00; Luxo = ($25.678,00). (B) Padrão = $100.120,00; Luxo = $30.359,00. (C) Padrão = $82.450,00; Luxo = $38.458,00. (D) Padrão = $89.234,00; Luxo = $35.789,00. (E) Padrão = $93.126,00; Luxo = $20.490,00. Resolução: O Custeio Baseado em Atividades é um método de atribuição dos Custos Indiretos aos produtos, com rateio baseado nas atividades desenvolvidas para cada produto. Na aplicação prática deste método, a grande dificuldade é identificar e quantificar os direcionadores de custos (as atividades nas quais os rateios serão baseados).
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Numa questão de concurso, essa informação é fornecida. Portanto, a única dificuldade é o trabalho braçal de ratear os custos. Repare que, nessa questão, não há resposta com valores repetidos. Assim, não há necessidade de calcular o lucro bruto para os dois produtos. Calculando para um deles, já identificamos a resposta correta. Por exemplo, para o item Número de Lotes de Produção, o cálculo é o seguinte: Produto Padrão: (190.000 / 55) x 50 = $ 177.272,70 Produto Luxo: (190.000 / 55) x 5= $ 17.727.27 Calculando todos os itens para os dois produtos, temos: Custos Indiretos
Padrão
Luxo
Total
Nº de lotes de produção Rateio
190.000
50 172.727
5 17.273
55 190.000
Testes de Qualidade Efetuados Rateio
188.000
15 76.216
22 111.784
37 188.000
Pedidos de embarques processados Rateio
50.000
80 26.667
70 23.333
150 50.000
Nº de Set-ups
40.000
17 22.667
13 17.333
30 40.000
Nº de kits de peças requisitadas
20.000
130 16.250
30 3.750
160 20.000
488.000
314.527
173.473
Total de custos indiretos
Agora, basta apurar o lucro bruto total. Como a quantidade produzida é diferente da quantidade vendida, vamos apurar primeiro o custo dos produtos vendidos. Padrão Matéria Prima Direta Mão-de-obra direta Custos indiretos Total custos Quantidade Produzida Custo Unitário Quantidade Vendida Custo dos Produtos Vendidos (Total
Luxo
Total
R$ 102.000 R$ 80.000 R$ 314.527 R$ 496.527
R$ 120.000 R$ 78.000 R$ 173.473 R$ 371.473
250.000
88.000
R$ 1,99
R$ 4,22
225.000
79.200
R$ 446.874
R$ 334.326
R$ 222.000 R$ 158.000 R$ 488.000
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O Lucro Bruto para cada produto: Padrão
Luxo
Quantidade vendida Preço de venda unitário Receita de vendas total
225.000 R$ 3,00 R$ 675.000,00
79.200 R$ 5,60 R$ 443.520,00
Imposto sobre as vendas (20%)
-R$ 135.000,00
-R$ 88.704,00
Receita Líquida
R$ 540.000,00
R$ 354.816,00
-R$ 446.874
-R$ 334.326
R$ 93.126
R$ 20.490
Custo dos produtos vendidos Lucro Bruto
Lembramos que basta calcular para um dos produtos, para achar a resposta. GABARITO LETRA E. 96. Determinada empresa industrial fabrica e vende três produtos: 1, 2 e 3. Observe os dados desses produtos:
Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir:
Sabe-se, ainda, que: --- a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades de recursos produtivos no próximo mês; portanto, precisa gerenciar essas restrições; --- a empresa não tem como aumentar as demandas dos produtos no próximo mês;
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--- a empresa incorre em despesas variáveis equivalentes a 20% da receita de cada produto; --- a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos acabados. Determine quantas unidades a empresa precisa produzir e vender de cada produto no próximo mês para maximizar seu resultado nesse próximo mês. (A) 1 = 10; 2 = 25; 3 = 30 (B) 1 = 20; 2 = 10; 3 = 30 (C) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 30 (D) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 27,5 (E) 1 = 26,6; 2 = 0; 3 = 0 Resolução: Este tipo de questão já é velha conhecida. Vamos calcular o fator de restrição; depois, achamos a margem de contribuição por fator de restrição e damos prioridade aos produtos que apresentarem maior margem de contribuição por restrição. Vamos considerar a produção igual à demanda. produto produção matéria prima i matéria prima ii máquina X máquina XX
1 20 40 60 60 0
2 25 50 50 0 25
3 necessidade quant. disponível 30 120 210 200 RESTRIÇÂO 0 110 80 RESTRIÇÂO 60 120 130 90 115 200
Portanto, temos duas restrições: matéria prima i e matéria prima ii. Vamos calcular agora a margem de contribuição por produto. A margem de contribuição é o preço de venda menos os custos e despesas variáveis. Será dividida pela quantidade de matéria prima i e matéria prima ii que cada produto usa para calcularmos a margem de contribuição por fator de restrição. produto preço venda despesas variáveis 20% preço venda líquido custo do produto matéria prima i matéria prima ii máquina X máquina XX custo unitário margem de contribuição (preço venda (-) custo)
1 17,00 -3,40 13,60
2 9,00 -1,80 7,20
3 16,00 -3,20 12,80
-1,00 -3,00 -6,00 0,00 -10,00
-1,00 -2,00 0,00 -1,50 -4,50
-2,00 0,00 -4,00 -4,50 -10,50
3,60
2,70
2,30
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Dividindo a margem de contribuição pela quantidade de cada matéria prima, temos a margem de contribuição por fator de restrição. margem de contribuição materia prima i (quantidade) MC / fator de restrição
1 3,60 2 1,80
2 2,70 2 1,35
Matéria prima ii (quantidade) MC / fator de restrição
3,00 1,20
2,00 1,35
3 2,30 4 0,58 0,00 ---x----
Portanto, as margens de contribuição por fator de restrição são as seguintes: produto MC / fator de restrição matéria prima i MC / fator de restrição matéria prima ii
1 1,80 1,2
2 1,35 1,35
3 0,58 ---xx----
Descartamos o produto 3, que possui a menor margem de contribuição por fator de restrição. Portanto, será o último produto a ser produzido. Com isso, a matéria prima i deixa de ser restrição. O produto 3 usaria 120 quilos da matéria-prima i, se fosse produzida a quantidade total de demanda deste produto. Como ele será produzido se sobrar matéria prima, a única restrição a a ser a matéria prima ii. Para a matéria prima ii, o produto que apresenta a maior margem de contribuição é o produto 2. Assim, vamos produzir 25 unidades do produto 2, usando para isso 50 unidades da matéria prima ii. Com isso, sobram 30 unidades da matéria prima ii, que são suficientes para fabricar 10 unidades do produto 1. Vamos analisar agora a matéria prima i: 25 unidades do produto 1 x 2 unidades da matéria prima i = 50 unidades MP i 10 unidades do produto 2 x 2 unidades da matéria prima i = 20 unidades MP i Total : 50 + 20 = 70 unidades da MP i. Como a disponibilidade é de 200 unidades, sobram 130 para o produto 3. Tal produto usa 4 unidades, portanto podemos produzir 130/4 = 32,5 unidades. Mas a demanda é de 30 unidades. Como a empresa não trabalha com estoque final de produtos, deverá produzir 30 unidades do produto 3. Resposta: Produto Quantidade
1 10
2 25
3 30
GABARITO LETRA A.
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97. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: X e Y. No último mês analisado, a empresa produziu 400 unidades de X e 350 unidades da Y. Sabe-se que os gastos com matéria-prima e com mão-de-obra são:
Determine o custo unitário do produto X e do produto Y, respectivamente, incorrido nesse período, com base nas informações apuradas para fins do custeio baseado em atividade, conforme segue:
Desconsidere qualquer tributo e qualquer informação não apresentada neste enunciado. (A) $10/unidade e $16/unidade (B) $36/unidade e $41/unidade (C) $42/unidade e $62/unidade (D) $32/unidade e $46/unidade (E) $46/unidade e $57/unidade Resolução: Uma forma rápida de resolver é já trabalhar diretamente com o custo unitário. Gastos diretos Matéria-prima (kg/unid) Matéria-prima ($/unid) CUSTO UNIT. M.P.
X
Y
4 R$ 5,00 R$ 20,00
6 R$ 5,00 R$ 30,00
mão-de-obra (Hh/unid) mão-de-obra ($/Hh) CUSTO UNITÁRIO M_D_O.
3 R$ 4,00 R$ 12,00
4 R$ 4,00 R$ 16,00
Até aqui, achamos o custo unitário da matéria-prima e da mão-de-obra. Vamos calcular agora o custo unitário das atividade :
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Atividade (1) 1 2 3 Total
Capac. Instalada custo (horas/mês) X Y (R$/mês) (2) (1)/(2) Custo/hora (h/unid) (h/unid) R$ 3.700,00 1.850 R$ 2,00 2 3 R$ 2.900,00 1.450 R$ 2,00 1 3 R$ 3.000,00 1.500 R$ 2,00 2 2 5 8
Repare que o custo por hora das três atividades é o mesmo ( 2 reais). Assim, temos : Total de horas por unidade de X vezes o custo da atividade por hora : 5 x 2 = 10,00 Total de horas por unidade de Yx custo da atividade por hora : 8 x 2 = 16,00 Total custo unitário
Matéria-prima Mão de Obra Custo das atividades Total
Produto X 20,00 12,00 10,00 42,00
Produto Y 30,00 16,00 16,00 62,00
GABARITO LETRA C Note que a quantidade de produtos ( 400 unidades de X e 350 unidades de Y) consome todas as horas disponíveis de atividades, portanto, não há custo de ociosidade. Quando sobra capacidade instalada, no custeio por absorção, elas são apropriadas ao custo do produto; no custeio por atividade, ficam indicadas como custo da ociosidade do mês. 98. A Cia. Bichinho de Goiaba apresentou, em 31/12/2007, os saldos das contas abaixo relacionadas, extraídos do balancete levantado antes da apuração do resultado do período:
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Após elaborar o encerramento do período e a apuração de todas as demonstrações contábeis em 31/12/2007, a Cia. Bichinho de Goiaba encontrará um: (A) ivo Circulante no valor de R$ 14.400,00. (B) Lucro Líquido no valor de R$ 3.690,00. (C) Lucro Bruto no valor de R$ 11.400,00. (D) Patrimônio Líquido no valor de R$ 16.650,00. (E) Ativo Circulante no valor de R$ 21.900,00. Resolução: As respostas mencionam o Ativo Circulante, o ivo Circulante, o Patrimônio Líquido, o Lucro Bruto e o Lucro Líquido. Vamos começar pela DRE: Receitas de Vendas Custo com Mercadorias Vendidas Lucro Bruto Despesas com Aluguéis Despesas com Salários Receitas de Aplicações Financeiras Lucro Líquido
6000 -1950 4050 -4800 -4860 7350 1740
Descartamos as letras B e C. Ativo Circulante: Bancos Conta Movimento Duplicatas a Receber Mercadorias para Revenda Títulos a Receber total Ativo Circulante
3.450 7.500 3.300 5.700 19.950
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Alternativa E: INCORRETA. ivo Circulante Duplicatas a Pagar Impostos a Pagar Total ivo Circulante
9.000 7.350 16.350
Alternativa A: INCORRETA Patrimônio Líquido (Obs: deve incluir o lucro do exercício, pois as contas de resultado pertencem ao PL). Capital Social Lucros Acumulados resultado do exercício Total Patrimônio Líquido
11.550 3.360 1.740 16.650
GABARITO LETRA D. Com base nos dados, responda às questões 99 e 100: A Cia. NND vende o produto T. A empresa apresenta o seguinte Balanço em 01.10.X8:
Informações adicionais: I. o Estoque é constituído por 10.000 unidades de mercadorias T adquiridas por R$10 cada. A empresa adota o CMPF (custo médio ponderado fixo) – controle periódico (no final de cada mês); II. os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 10% ao ano. A empresa efetuou as seguintes operações no mês de outubro de X8:
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99.Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual do valor adicionado que foi disponibilizado aos proprietários da entidade na forma de dividendos, em outubro/X8: (A) Menor 10%. (B) Entre 10,01% e 16%. (C) Entre 16,01% e 22%. (D) Entre 22,01% e 28%. (E) Maior que 28%.
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Resolução: No concurso ICMS 2007, houve um enunciado semelhante, com 6 questões. Naquela prova, valia pena resolver de forma completa, com todas as contabilizações, para acertar todas as 6 questões. Nesta prova, há apenas 2 questões. Não vale a pena investir muito tempo. Assim, vamos resolver de forma direta, descartando as informações que não serão usadas. A questão 99 pede o percentual de valor adicionado disponibilizado aos proprietários. Para isso, precisamos da DRE. E para elaborar a DRE, precisamos do controle de estoque e do custo das mercadorias vendidas. Portanto, vamos começar a resolução pelo controle de estoque, integrado com apuração das vendas. data
evento
1 2 5 10 15 22 25
estoque inicial venda compra compra venda venda compra venda total
quantidade
10.000 -2.000 10.000 10.000 -16.000 -10.000 6.000 -3.000 5.000
custo unit
estoque
10,00
100.000
12,00 14,00
120.000 140.000
15,00
preço venda
receita total
25,00
50.000
25,00 23,00
400.000 230.000
24,00
72.000 752.000
90.000
Cálculo do preço médio ponderado fixo : Quantidade: 10000 + 10000 + 10000 +6000 = 36.000 unidades Custo total: 100.000 + 120.000 +140.000 +90.000 = $ 450.000 Custo médio ponderado fixo: $ 450.000 / 36.000 = $ 12,50 por unidade. Foram vendidas 2000+16000+10000+3000=31.000 unidades Custo das mercadorias vendidas: 31.000 x $12,50 = $ 387.500 DRE: Vendas CMV Lucro Bruto despesas istrativas e comerciais Depreciação móveis (90.000/120) Recuperabilidade móveis ( 90.000-25000-750 = 64.250) Resultado venda terreno (92.000 - 100.000) Lucro líquido
752.000 -387.500 364.500 -140.000 -750 -250 -8000 215.500
Obs: não há perda no estoque, pois o valor recuperável é de 23,00 e o custo é de 12.50.
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Muito bem. Com a DRE pronta, podemos calcular o valor adicionado distribuído (que é igual ao valor adicionado a distribuir) e finalizar a questão. Dica: considere o total do lucro como distribuição aos sócios. Pois ou será distribuído como dividendo ou ficará retido como reserva. Nos dois casos, entra como remuneração de capital próprio. Distribuição do Valos adicionado: Empregados (informação dia 31. 140.000 – 85.000): 55.000 Remuneração capital próprio: 215.500 Total Valor adicionado distribuído: 270.500 Percentual distribuído como dividendo: 41.700 / 270.500 = 0,154 = 15,4 % GABARITO LETRA B. OBS: Disponibilizamos abaixo a DVA completa: DVA 1 – RECEITAS 1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2) Outras receitas (terrenos) 1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição) 2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS) 2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 2.4) Outras (especificar) (terreno) 3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras 6.3) Outras 7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*) 8.1) Pessoal 8.1.1 – Remuneração direta 8.1.2 – Benefícios 8.1.3 – F.G.T.S 8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.2.1 – Federais 8.2.2 – Estaduais 8.2.3 – Municipais 8.3) Remuneração de capitais de terceiros
752.000 92.000
-387.500 -85.000 -250 -100.000 271.250 -750 270.500
270.500 270.500 55.000
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41.700 173.800
100. Considerando somente os dados do enunciado, determine a variação do saldo de disponibilidades, em outubro/X8: (A) Maior que $275.000,00. (B) Entre $250.000,01 e $275.000,00. (C) Entre $225.000,01 e $250.000,00. (D) Entre $200.000,01 e $225.000,00. (E) Menor ou igual a $200.000,00. Resolução: Partindo das informações, vamos somar ou subtrair, rapidamente, os valores que afetam as disponibilidades. Assim: dia 5 10 15 18 22 25 26 30 31 31 31 TOTAL
disponibilidades -70.000 200.000 230.000 40.000 -90.000 72.000 -45.000 50.000 -140.000 92.000 -30.000 309.000
O gabarito deveria ser a letra A. Ocorre que o gabarito provisório desta prova (amarela) saiu como LETRA C (provavelmente por erro da banca, já que em outras provas o gabarito estava correto) A questão foi anulada, mas a FGV não explicou o motivo. QUESTÃO ANULADA.
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
FISCAL DE RENDAS SP 2009 Texto para as questões de 1 a 3. A Cia. Alvorecer, ao analisar um determinado ativo, identifica as seguintes características:
1. O valor recuperável desse ativo é, em R$, (A) 5.000.000,00 (B) 5.100.000,00 (C) 5.400.000,00 (D) 5.600.000,00 (E) 6.000.000,00 2. O valor líquido contábil é, em R$, (A) 6.000.000,00 (B) 5.600.000,00 (C) 5.400.000,00 (D) 5.100.000,00 (E) 5.000.000,00 3. A perda por redução ao valor recuperável é, em R$, (A) 3.000.000,00 (B) 2.600.000,00 (C) 1.000.000,00 (D) 600.000,00 (E) 300.000,00 4. São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível (A) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. (B) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.
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(C) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. (D) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. (E) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. A Cia. Poente recebe da prefeitura do município X um terreno avaliado em R$ 1.000.000,00, assumindo o compromisso de instalar nessa propriedade um parque fabril modular no valor de R$ 15.000.000,00, com vida útil estimada em 10 anos. 5. (ICMS SP/2009/FCC) O registro contábil da subvenção deve ser débito em conta (A) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de ivo pela obrigação assumida em razão da subvenção recebida. (B) do Ativo Intangível pelo registro do terreno e crédito em conta de Provisão Contingencial iva pelo valor do terreno recebido. (C) de Imobilizado pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no valor do terreno recebido. (D) de Provisão para Contingência Ativa e crédito em conta de ivo de Longo Prazo pelo valor do terreno recebido. (E) de Diferido pelo registro do terreno e crédito em conta de Patrimônio Líquido no valor do terreno recebido. 6. (ICMS SP/2009/FCC) No resultado da empresa, esse evento (A) acarretará apenas o registro da despesa depreciação relativa ao parque fabril. (B) acarretará a transferência da despesa de depreciação para conta do patrimônio líquido. (C) não acarretará impacto porque o registro da subvenção recebida não tramita no resultado. (D) acarretará a reversão da depreciação acumulada para a conta de ajuste de resultado. (E) acarretará o reconhecimento de receita de subvenção no mesmo percentual utilizado para a despesa de depreciação anual. 7. Uma empresa tem inscrito um saldo relevante em seus ativos, na conta valores a receber. Nesse caso, a empresa deverá (A) ajustar os recebíveis a valor presente, lançando os ajustes a valor presente em conta de despesa financeira. (B) provisionar o ajuste a valor presente, criando uma retificadora da conta que originou a operação inicial. (C) ajustar os recebíveis pela taxa Selic, lançando o valor do ajuste em conta de Patrimônio Líquido.
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(D) calcular proporcionalmente o valor do desconto a valor presente mediante aplicação de taxa média anual praticada pela empresa e creditar direto no saldo de recebíveis. (E) ajustar os recebíveis, calculando seu valor presente e registrando-o em conta de receita financeira. A Cia. Solar detém 80% das ações da Cia. Crepúsculo. Em dezembro de 2007, foram levantadas as seguintes informações sobre a empresa investida: Cia. Crepúsculo Venda de Estoques para Controladora em 2007 R$ 10.000.000,00 Custo de Mercadoria Vendida (CMV) reconhecido nesse tipo de operação R$ 6.000.000,00 Patrimônio Líquido final de 2006 R$ 100.000.000,00 Patrimônio Líquido final de 2007 R$ 100.600.000,00 8. Se ao final de 2007, o controle de estoque da Cia. Solar acusa a existência de um saldo de 10% nos estoques adquiridos da investida, no processo de consolidação de balanço deve ser (A) registrado um débito de R$ 400.000,00 em estoques. (B) reconhecido um lucro não realizado nos estoques de R$ 400.000,00. (C) lançado um crédito de R$ 1.000.000,00 em estoques. (D) contabilizado um débito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL. (E) contabilizado um crédito de R$ 1.000.000,00 em conta de PL. 9. Se ao final de 2007 a investidora tivesse reado a terceiros 90% dos estoques pelo valor de R$ 11.000.000,00, na Demonstração de Resultado consolidada deve ser feito um lançamento de (A) débito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e crédito em CMV de R$ 9.600.000,00. (B) crédito em Receita de Vendas de R$ 10.000.000,00 e débito em CMV de R$ 9.600.000,00. (C) crédito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV. (D) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 em contrapartida da conta de CMV. (E) débito em Receita de Vendas de R$ 11.000.000,00 e crédito em CMV de R$ 5.600.000,00.
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10. No balanço de 2007, o ativo da Cia. Solar evidencia um saldo de R$ 80.000.000,00 na conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo. Com base nos dados informados, a investidora deve registrar (A) R$ 480.000,00 a débito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo. (B) R$ 480.000,00 a débito de conta de Resultado de Equivalência Patrimonial. (C) R$ 80.000,00 a débito de conta de Resultado Não-Operacional. (D) R$ 80.000,00 a crédito da conta Resultado de Equivalência Patrimonial. (E) R$ 80.000,00 a crédito da conta Participação Societária − Cia. Crepúsculo. 11. São consideradas operações com partes relacionadas (A) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos. (B) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários. (C) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas. (D) o adiantamento a empregados e a fornecedores. (E) os contratos de seguros e benefícios a empregados. 12. A Cia. Eclipse Supermercados, dando continuidade à sua estratégia de expansão, no início de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo Luna, cujo capital social totalmente subscrito e integralizado, na ocasião, será formado por um total de 2.000.000 de ações, distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias e preferenciais, todas com valor nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o controle direto de todas as suas investidas, desembolsando sempre o valor mínimo necessário. Neste caso, de acordo com a legislação societária, para manter o controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa deverá integralizar o capital social da investida no valor de (A) R$ 66.000.000,00 (B) R$ 60.000.000,00 (C) R$ 30.000.030,00 (D) R$ 20.000.300,00 (E) R$ 15.000.030,00 13. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Com relação à afirmação acima, e tomando-se como base para comparação o mesmo período, é correto afirmar que (A) o custo de Produção será obrigatoriamente maior que os demais. (B) o custo da Produção Acabada será obrigatoriamente menor que os demais. (C) o custo dos Produtos Vendidos será obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados.
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(D) não existe correlação obrigatória de grandeza entre os três custos acima mencionados. (E) o custo de Produção Acabada será obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produção. 14. Para um ponto de equilíbrio financeiro de 100 unidades, os custos e despesas variáveis, os custos e despesas fixas, o preço líquido de venda unitário e a depreciação devem ser os expressos em:
15. Considere as informações apresentadas, no quadro abaixo, referentes à movimentação de estoques de materiais na empresa Y.
Considerando que a apuração do custo dos produtos vendidos é feita mensalmente, o critério de avaliação dos Materiais Diretos (Preço Médio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcançar melhor resultado no período de X0 é (A) PEPS. (B) UEPS. (C) Médio. (D) PEPS e UEPS o mesmo resultado. (E) Médio e PEPS o mesmo resultado. 16. No processo produtivo, as perdas normais e as sucatas devem receber o tratamento contábil expresso em:
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17. Considere as seguintes informações sobre a estrutura de uma empresa: - Custos e despesas variáveis: R$ 100,00 por unidade. - Custos e despesas fixas: R$ 50.000,00 por mês. - Preço de venda: R$ 150,00 por unidade. - Aumento da depreciação: 40% O ponto de equilíbrio contábil, em unidades, considerando-se que a depreciação representa 20% do total dos Custos de Despesas fixas, é (A) 1.080 (B) 1.100 (C) 1.120 (D) 1.180 (E) 1.200 18. Na terminologia de custos, são custos de conversão ou transformação: (A) Mão de obra direta e Mão de obra indireta. (B) Mão de obra direta e Materiais diretos. (C) Custos primários e Custos de fabricação fixos. (D) Matéria-prima, Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. (E) Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. 19. A grande finalidade do Custo Padrão é (A) o planejamento e controle de custos. (B) a gestão de preços. (C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras. (D) a rentabilidade de produtos. (E) o retorno do investimento. 20. Uma empresa utiliza em sua contabilidade o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês, apurou uma variação de ociosidade de mão de obra direta, conforme o quadro abaixo: Com base nas informações apresentadas, o valor da variação de ociosidade foi
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(A) R$ 5.000,00 positiva. (B) R$ 5.000,00 negativa. (C) R$ 10.000,00 negativa. (D) R$ 15.000,00 negativa. (E) R$ 20.000,00 negativa. 21. A diferença fundamental do Custeio Baseado em Atividades − Activity-Based Costing − em relação aos sistemas tradicionais − Variável e Absorção está no tratamento dado (A) aos custos diretos de fabricação. (B) ao ponto de equilíbrio financeiro. (C) aos custos indiretos de fabricação. (D) às despesas variáveis. (E) às despesas financeiras. 22. Uma empresa apura os custos da produção vendida utilizando dois métodos: método do custeio por absorção e método do custeio variável. No início do período, não havia em estoque unidades acabadas ou semi-acabadas. No mês, foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No final do período, a empresa apurou resultado líquido de R$ 310.000,00, pelo custeio variável, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absorção. Levando-se em consideração que os custos variáveis representam 50% do preço de venda, os valores do preço unitário de venda, custo unitário variável e custo fixo total do mês são, respectivamente: (A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00 (B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00 (C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00 (D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00 (E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00
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23. A empresa Modelo possui os seguintes saldos no período 2:
Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3 unidades de matéria-prima. A empresa planeja produzir 150.000 unidades no período 2. O número de unidades de matéria-prima que a empresa necessita adquirir é (A) 350.000 (B) 420.000 (C) 450.000 (D) 480.000 (E) 530.000 24. No segundo mês de produção de uma empresa foram iniciadas 20.000 unidades de produção das quais 18.000 foram terminadas, ficando 2.000 unidades semiacabadas. Nesse mesmo mês, foram terminadas 1.500 unidades que eram semiacabadas no final do mês anterior. Nas unidades semiacabadas do mês anterior, 2/3 de todos os custos já haviam sido aplicados. Nas unidades semiacabadas do mês, 50% de todos os custos já foram aplicados. O custo total de produção (Diretos e Indiretos) do período é R$ 487.500,00. O custo total aplicado à produção semiacabada no mês anterior foi R$ 15.000,00. A Empresa produz somente um produto. Utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo unitário médio do mês é, em R$, (A) 50,00 (B) 45,00 (C) 30,00 (D) 25,00 (E) 15,00 25. Ainda com os dados da questão anterior, utilizando-se a técnica de equivalente de produção, o custo total da produção acabada no mês é, em R$, (A) 502.500,00 (B) 487.500,00 (C) 477.500,00 (D) 450.500,00 (E) 435.500,00
1 B 14 B
FISCAL DE RENDAS SP - 2009 - FCC 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 C E C A E A B A D C E D 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 B B A E A E C A D D C
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FISCAL DE RENDAS RJ 2008 90. Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos três últimos trimestres apurou o seguinte: Trimestre Produção (em unidades) custo total de fabricação (em $)
1 5.000 40.000,00
2 5.200 42.000,00
3 6.000 45.000,00
Sabe-se que: -- a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção; -- a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método PEPS; -- não houve variação de preços no período. Utilize o método maior-menor para classificar os custos entre fixos e variáveis e determine o custo total de fabricação do quarto trimestre para uma produção total de 6.500 unidades. (A) Maior que $48.000,00. (B) Entre $47.000,01 e $48.000,00. (C) Entre $46.000,01 e $47.000,00. (D) Entre $45.000,01 e $46.000,00. (E) Menor ou igual a $45.000,00. 91. Questão de Auditoria – não analisada neste e-book. 92. Em consonância à Resolução CFC 921/01, determine o valor do ivo Circulante da Cia. Arrendatária a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e a entidade arrendadora, segundo o qual a arrendatária se obriga a pagar 5 prestações anuais e iguais no valor unitário de R$ 8.500,00, mais o valor da opção de compra no montante de R$ 190,76 ao final do quinto ano, juntamente com a última prestação anual; e a arrendadora se obriga a entregar, nesse ato, o bem arrendado (um veículo que será utilizado para arrendatária em suas atividades operacionais normais). Sabe-se que: -- o contrato foi firmado em 31/12/2008; -- a primeira prestação vence em 31/12/2009 e todas as demais prestações vencem no dia 31 de dezembro dos anos subseqüentes; -- o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00; -- a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano.
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-- o Balanço Patrimonial da Cia. Arrendatária apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o contrato em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte: Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente
20.000,00 30.000,00 50.000,00
ivo Circulante Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido
15.000,00 25.000,00 60.000,00
(A) R$ 3.900,00 (B) R$ 8.500,00 (C) R$ 15.000,00 (D) R$ 19.600,00 (E) R$ 23.500,00
93. Em consonância à Resolução CFC 1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser apurado logo após o reconhecimento contábil do teste de recuperabilidade do valor contábil do imobilizado. Sabe-se que: -- o valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00; -- caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse utilizando-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000 unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto Espeto em t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma que a produção anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia. Churrasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gastos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto é $9,50; -- a Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo; -- o custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano; -- o Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008 imediatamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte:
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(A) Maior que $19.200,00. (B) Entre $18.800,01 e 19.200,00. (C) Entre $18.400,01 e 18.800,00. (D) Entre $18.000,01 e 18.400,00. (E) Menor ou igual a $18.000,00. 94. Determinada empresa comercial apurou o seguinte balanço patrimonial no final do exercício recém-encerrado:
Sabe-se que o estoque era composto por 10.000 unidades da mercadoria X. Durante o corrente exercício, essa empresa realizou as seguintes transações – na seqüência apresentada: -- comprou 15.000 unidades da mercadoria X por $3,00 a unidade, pagando metade à vista e ficando o restante para pagar em 30 dias; -- vendeu 20.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à vista e ficando o restante para receber em 30 dias;
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-- comprou 9.000 unidades da mercadoria X por $4,00 a unidade, pagando tudo à vista; -- vendeu 10.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à vista e ficando o restante para receber em 30 dias. Ignore qualquer tributo e determine a diferença da Variação do Capital Circulante Líquido dessa empresa entre dois cenários: I. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das mercadorias vendidas pelo custo médio ponderado móvel; II. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das mercadorias vendidas pelo método primeiro que entre primeiro que sai. (A) Maior que $1.500,00. (B) Entre $1.000,01 e 1.500,00. (C) Entre $500,01 e $1.000,00. (D) Entre $0,01 e $500,00. (E) Igual a zero.
95. A Subs Ltda. produz e vende dois tipos de produtos. Para a avaliação do resultado por produtos utiliza o custeio baseado em atividades. No último período, a empresa apresentou os seguintes dados:
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O lucro bruto total de cada produto é: (A) Padrão = $139.294,00; Luxo = ($25.678,00). (B) Padrão = $100.120,00; Luxo = $30.359,00. (C) Padrão = $82.450,00; Luxo = $38.458,00. (D) Padrão = $89.234,00; Luxo = $35.789,00. (E) Padrão = $93.126,00; Luxo = $20.490,00. 96. Determinada empresa industrial fabrica e vende três produtos: 1, 2 e 3. Observe os dados desses produtos:
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Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir:
Sabe-se, ainda, que: --- a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades de recursos produtivos no próximo mês; portanto, precisa gerenciar essas restrições; --- a empresa não tem como aumentar as demandas dos produtos no próximo mês; --- a empresa incorre em despesas variáveis equivalentes a 20% da receita de cada produto; --- a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos acabados. Determine quantas unidades a empresa precisa produzir e vender de cada produto no próximo mês para maximizar seu resultado nesse próximo mês. (A) 1 = 10; 2 = 25; 3 = 30 (B) 1 = 20; 2 = 10; 3 = 30 (C) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 30 (D) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 27,5 (E) 1 = 26,6; 2 = 0; 3 = 0
97. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: X e Y. No último mês analisado, a empresa produziu 400 unidades de X e 350 unidades da Y. Sabe-se que os gastos com matéria-prima e com mão-de-obra são:
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Determine o custo unitário do produto X e do produto Y, respectivamente, incorrido nesse período, com base nas informações apuradas para fins do custeio baseado em atividade, conforme segue:
Desconsidere qualquer tributo e qualquer informação não apresentada neste enunciado. (A) $10/unidade e $16/unidade (B) $36/unidade e $41/unidade (C) $42/unidade e $62/unidade (D) $32/unidade e $46/unidade (E) $46/unidade e $57/unidade
98. A Cia. Bichinho de Goiaba apresentou, em 31/12/2007, os saldos das contas abaixo relacionadas, extraídos do balancete levantado antes da apuração do resultado do período:
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Após elaborar o encerramento do período e a apuração de todas as demonstrações contábeis em 31/12/2007, a Cia. Bichinho de Goiaba encontrará um: (A) ivo Circulante no valor de R$ 14.400,00. (B) Lucro Líquido no valor de R$ 3.690,00. (C) Lucro Bruto no valor de R$ 11.400,00. (D) Patrimônio Líquido no valor de R$ 16.650,00. (E) Ativo Circulante no valor de R$ 21.900,00. Com base nos dados, responda às questões 99 e 100: A Cia. NND vende o produto T. A empresa apresenta o seguinte Balanço em 01.10.X8:
Informações adicionais: I. o Estoque é constituído por 10.000 unidades de mercadorias T adquiridas por R$10 cada. A empresa adota o CMPF (custo médio ponderado fixo) – controle periódico (no final de cada mês); II. os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 10% ao ano. A empresa efetuou as seguintes operações no mês de outubro de X8:
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99.Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual do valor adicionado que foi disponibilizado aos proprietários da entidade na forma de dividendos, em outubro/X8: (A) Menor 10%. (B) Entre 10,01% e 16%. (C) Entre 16,01% e 22%. (D) Entre 22,01% e 28%.
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(E) Maior que 28%.
100. Considerando somente os dados do enunciado, determine a variação do saldo de disponibilidades, em outubro/X8: (A) Maior que $275.000,00. (B) Entre $250.000,01 e $275.000,00. (C) Entre $225.000,01 e $250.000,00. (D) Entre $200.000,01 e $225.000,00. (E) Menor ou igual a $200.000,00.
GABARITO DEFINITIVO 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 B B D * A E A C D B * * Questão anulada
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