A Importância do Rio Nilo Saiba qual foi a importância do Rio Nilo para as civilizações do Antigo Egito e também algumas curiosidades e fotos do rio Por Camila Albuquerque em 07/11/2012 Salvo em História, Idade Antiga
Uma civilização que teve início no continente africano, numa área de deserto, há 5 mil anos. Não parecia muito promissora e provavelmente não sobreviveria sem um importante fator: o maior rio do mundo, para suprir suas necessidades. O Rio Nilo, não sem motivos, tornou-se essencial (e sagrado) para o povo doAntigo Egito, essa relação entre eles transformou-se numa bela história, que pode ser refletida na frase “O Egito é a dádiva do Nilo”, do historiador grego chamado Heródoto .
A importância do Rio Nilo no Antigo Egito
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A agricultura ganhava “chuvas” de junho a setembro (período das cheias), desencadeando um fenômeno curioso:
o Nilo transbordava, mas fertilizava o solo depositando matéria orgânica (húmus) naquela área desértica. Essa era basicamente a principal importância do Rio Nilo para o Egito. A pesca também era uma atividade presente. Os peixes eram abundantes do rio, servindo para o comércio e a alimentação do próprio povo.
O rio, de forma indireta, estimulou o povo egípcio a desenvolver sua inteligência, para medir, calcular e planejar no período das cheias (era necessário trazer camponeses logo após as cheias e retirá-los um tempo depois, assim como afastar o povo das margens antes que o rio transbordasse. Também construíam diques para proteger a cidade de catástrofes). Tudo isso ocasionou no desenvolvimento da matemática e da geometria.
A locomoção e o transporte de cargas, numa época sem estradas ou automóveis, eram feitas pelo rio, em embarcações de diversos tamanhos.
O Nilo nasce a sul da linha do Equador e deságua no mar Mediterrâneo. É tão grande que sua bacia (de 3 349 000 km²), abrange, além do Egito, Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do Sul e Etiópia. Seu comprimento é de 7 008 km a partir da fonte mais remota. O rio é formado pela confluência de três outros, o Nilo Branco, o Nilo Azul e o Rio Atbara. Também possui cataratas e barragens ao longo de seu curso. Obviamente, sendo tão grande, foi (e ainda é) bastante explorado. Atualmente, o rio Nilo ainda possui muita importância. Com a usina hidrelétrica de Aswan ou Assuã (construída em 1971 e acabou resultando na perda do período das cheias e vazantes, “obrigando” os agricultores a adotarem os meios convencionais de cultivo), por exemplo, ou até como uma “antiquada” via de transporte.
Curiosidades sobre o rio Nilo
Os antigos egípcios o chamavam de itéru, que significava “grande rio” e também de Aur ou Ar, que significa “negro”.
90% da civilização do Egito mora às margens do rio.
As planícies irrigadas permanentemente por ele podem chegar a produzir três colheitas por ano.
Existe uma polêmica entre o rio Nilo e o rio Amazonas (localizado aqui na América do Sul): alguns defendem que o rio Amazonas é o maior do mundo, outros defendem que o rio Nilo é consideravelmente maior. A cada década, surge um novo debate sobre onde realmente estariam localizadas as nascentes desses dois rios. No momento, essa discussão continua em aberto, porém o Nilo “sai na frente”, pois estudos feitos em 2009 apontam sua nascente para o rio Rukarara, atingindo assim, 7 088 km de extensão.
Fotos
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RIO NILO GEOGRAFIA
O rio Nilo é um importante rio africano, ele banha países como Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, Congo, Etiópia e Egito. http://brasilesco.
O rio Nilo corresponde a um importante rio africano que deságua no mar Mediterrâneo, sua bacia hidrográfica abriga vários países do continente africano como Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egito. O rio Nilo é formado a partir da confluência de basicamente três rios: Nilo Branco, Nilo Azul e rio Atbara. A palavra Nilo é oriunda do latim Nilus que deriva do grego Neilos, os egípcios chamavam o rio Nilo de Aur ou Ar, que significa “negro”. No decorrer da história, o rio Nilo sempre desempenhou um papel fundamental para diversas nações, especialmente para a civilização
egípcia. Diante da gigantesca importância desse recurso hídrico para o território do Egito, o historiador grego Heródoto, no século V A.c, declarava “O Egito é a dádiva do Nilo”. O Nilo é tão importante para o Egito que grande parte da população, cerca de 90%, encontra-se estabelecida em suas margens. A capital do Egito, Cairo, está situada às margens do Nilo, essa cidade abriga aproximadamente 9,5 milhões de pessoas. A origem da civilização egípcia teve início há aproximadamente 5 mil anos, para o desenvolvimento da agricultura, em uma área de deserto, o Egito sempre foi dependente do ciclo do rio, com cheias e vazantes. Nos períodos de cheias as águas do rio levavam consigo uma grande quantidade de sedimentos que eram distribuídos ao longo de suas margens, assim, quando chegava a época das vazantes, as águas abaixavam e deixavam no solo uma enorme quantidade de nutrientes importantes para sua fertilidade, como o húmus. A partir desse processo natural essa sociedade pôde desenvolver o cultivo de cereais que compunham a alimentação. Apesar da fundamental importância do ciclo do rio para a fertilização dos solos situados nas margens, em 1971 foi construída a represa de Assua. A partir desse empreendimento o rio alterou o seu regime, o que resultou na perda dos períodos de cheias e vazantes, impedindo o processo natural de fertilização do solo, levando os produtores a fazer uso cada vez maior de insumos agrícolas no cultivo. Em virtude da grandeza dessa obra arquitetônica, que possui 3.600 metros de comprimento e 115 m de altura, uma enorme quantidade de água foi represada, formando o lago Nasser e inundando grandes riquezas arqueológicas. Algumas dessas riquezas foram salvas por meio de difíceis processos, esculturas e templos foram cortados em centenas de pedaços e retirados do lugar para serem reconstituídos em outro local. Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja: FREITAS, Eduardo De. "Rio Nilo"; Brasil Escola. Disponível em
. o em 04 de setembro de 2016.