AJUDA E SUGESTÕES NORMAS DE APRESENTAÇÃO UTILIZAÇÃO DO PRONTUÁRIO
3.4.4.2. Bloqueadores beta 3.4.4.2.1. Seletivos cardíacos 3.4.4.2.2. Não seletivos cardíacos 3.4.4.2.3. Bloqueadores beta e alfa
3. Aparelho cardiovascular / 3.4. Antihipertensores / 3.4.4. Depressores da atividade adrenérgica / 3.4.4.2. Bloqueadores beta
Os bloqueadores beta são antihipertensores bastante eficazes mesmo quando usados em monoterapia. Alguns (ex: carvedilol e nebivolol) têm vindo a ganhar interesse crescente, por certas características que lhes algumas diferenças entre si, quer nas reações adversas, quer nalgumas indicações terapêuticas específicas, facto este que pode ser devido à diferente seletividade para os recetores, às características lipofílicas de alguns bastante lipofílico, ao contrário do atenolol) e à atividade simpaticomimética intrínseca que vários deles possuem. Como exemplos paradigmáticos destas características são de referir: 1. Com cardioseletividade e atividade simpaticomimética intrínseca: acebutolol. 2. Com cardioseletividade e sem atividade simpaticomimética intrínseca: atenolol, betaxolol, metoprolol, nebivolol, bisoprolol. 3. Sem cardioseletividade e com atividade simpaticomimética intrínseca: pindolol. 4. Sem cardioseletividade e sem atividade simpaticomimética intrínseca: propranolol, nadolol, timolol.
Assim, a um doente hipertenso no pósenfarte ou com angina de peito, é preferível istrar um bloqueador beta sem atividade simpaticomimética intrínseca. Por outro lado, os bloqueadores beta com atividade simp bradicardia e menos alterações lipídicas do que os outros. É também sabido que os cardioselectivos são menos propensos a provocar ou a facilitar crises de broncospasmo.
Alguns bloqueadores beta (ex: carvedilol, labetalol) têm também efeito bloqueador alfa, facto que condiciona a diminuição da resistência vascular periférica, sem a consequente taquicardia reflexa (bloqueio beta). Em cas antihipertensor a um bloqueador beta, deve preferirse um diurético ou um vasodilatador direto. Alguns bloqueadores beta têm também ação vasodilatadora direta, particularmente a nível dos vasos renais (ex: tertalolol). Deve evitarse a suspensão brusca de um bloqueador beta, particularmente em doentes com angina de peito (risco de crises anginosas) ou nos que fazem utilização conjunta de clonidina (risco de crise hipertensiva). Indicações:
Para além da HTA, os bloqueadores beta estão indicados no tratamento da angina de peito, certas perturbações do ritmo cardíaco, hipertiroidismo, cardiomiopatia hipertrófica, certas formas de trémulo e, em alguns casos, na No período pósenfarte de miocárdio (por princípio não antes do 5º dia), os bloqueadores beta podem ser de grande utilidade na limitação da área de enfarte e da tensão de parede, a par do seu efeito antiarrítmico. Alguns bloqueadores beta (ex: bisoprolol, carvedilol, nebivolol) estão indicados, quando acompanhados por outras medidas terapêuticas (diuréticos), no tratamento da IC. Alguns bloqueadores beta podem também ter interesse na hipertensão da grávida embora haja referência a um possível atraso no crescimento intrauterino.
Reacções adversas: Quanto às reações adversas que podem ocorrer com os bloqueadores beta são de referir as seguintes: bradicardia sinusal, bloqueios auriculoventriculares, tonturas (eventualmente síncope), possív alterações do trânsito intestinal, dores abdominais, depressão, insónia, alucinações. Podem provocar broncospasmo (mesmo os cardioselectivos), especialmente em doentes com antecedentes de asma brônquica.
Alguns bloqueadores beta podem provocar também alterações metabólicas tais como hipertrigliceridemia, diminuição do colesterol HDL (exceto para os que têm atividade simpaticomimética intrínseca), hiperglicemia, aument tratamento) e hipercaliemia. Podem provocar impotência e mascarar crises hipoglicémicas. Outros efeitos laterais a considerar são astenia, alterações visuais, parestesias, agravamento da síndrome de Raynaud, das crises hipoglicémicas e da psoríase. Contraindicações e precauções: