A Sombra nos relacionamentos. (Casamento)
A Sombra Todos nós temos os dois lados, dia e noite, bem e mal, sombra e luz. Não devemos negar nem um, nem outro. Ao olharmos para ambos sem medos, se encararmos corajosamente ambos os lados da nossa personalidade, aí sim, seremos mais inteiros.
Sombra • Sombra significa os aspectos ocultos e inconscientes do si mesmo, são conteúdos reprimidos, negados ou jamais reconhecidos pelo ego, que é o representante da consciência. • Na sombra encontramos além dos conteúdos dos quais não nos orgulhamos, fantasias, habilidades e qualidades. • Em 1945, Jung deu uma definição mais direta e clara da sombra: "a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser" •
(Jung 1987 Vol. XVI/2: §470).
Mas afinal como é formada a SOMBRA? • A sombra é formada desde a infância quando estamos aprendendo o que é bom e o mal. Quando o mal aparece temos que esconder, pois somos colocados de castigo ou ouviremos um sermão… então não podemos ser nós mesmos, e sim ser aquilo que querem que sejamos.
São aqueles desejos reprimidos ou o que ou despercebido e não desenvolvemos. Tudo aquilo não gostaríamos de ser, mas especialmente aquilo que odiamos. É como se fosse um saco em que você guarda tudo o que não pode soltar senão a sociedade não irá te aceitar. Mas uma hora tudo que está guardado no saco pode aparecer… A sombra, em alguns momentos, é como uma personalidade autônoma, com tendências opostas ao que fazemos.
A sombra não é composta apenas pelo que ficou reprimido ou recalcado: a sombra também é composta de qualidades, instintos, reações que são apropriadas, além de percepções realistas e criatividade. Essas qualidades que podiam pertencer à personalidade são temidas ou são sentidas como se fossem erradas.
A sombra e o casamento • Tem um ditado que diz: Se não o desenvolvermos, casaremos com ele. [...] Seremos atraídos para pessoas que poderão nos compensar nossas fraquezas e inferioridades, nos arriscando a nunca desenvolvê-las por nós mesmos. (ZWEIG e ABRAMS, p. 80)
A sombra e o casamento • As qualidades citadas pelos parceiros como as que primeiro os atraíram um para o outro coincidem com aquelas que são identificadas como as fontes de conflito no decorrer do relacionamento. As qualidades "atraentes“ tornam-se as coisas más e difíceis do parceiro. (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 95)
A sombra e o casamento SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO • A necessidade de estar próximo de sua parceira, no contexto de um relacionamento confiante e mutuamente expressivo, era vista como necessidade dela. • Ao mesmo tempo em que ela dependia dele para se afastar quando ela se aproximava, ele dependia dela para tentar a aproximação a fim de se sentir necessário e desejado - íntimo. • Em lugar de expressar diretamente qualquer desejo ou necessidade de intimidade (ou mesmo conscientizar-se desses desejos e sentimentos e assumir a responsabilidade por eles), ele precisava dissociá-los de sua consciência. • O conflito [...] entre querer satisfazer suas próprias necessidades individuais e querer satisfazer as necessidades do relacionamento – foi dividido igualmente entre eles. Em vez de itir que o conflito autonomia/intimidade existia dentro da cabeça de cada um, inconscientemente fizeram esse acordo secreto. (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 97)
A sombra e o casamento SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO “O resultado foi que, em vez de um conflito interior (algo que existia dentro do mundo subjetivo de cada um), o dilema desse casal tornou-se um conflito interpessoal - um conflito que teria de ser constantemente travado entre eles.” “Não apenas os pensamentos e sentimentos indesejáveis são vistos como estando dentro do parceiro, como também o parceiro é encorajado, por meio de "deixas" e provocações, a comportar-se como se eles lá estivessem. E então a pessoa identifica-se indiretamente com a expressão, pelo parceiro, das emoções, pensamentos e sentimentos reprimidos.” (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 97)
A sombra e o casamento • “Cada um de nós, todos nós, estamos cheios de horror. Se você se casa para tentar espantar os seus, só vai se sair bem se fizer seu horror casar com o horror do outro, os dois horrores de vocês dois se casarão, você sangrará e chamará isso de amor.” (VENTURA in ZWEIG e ABRAMS, p. 100)
A sombra e o casamento • “Qualquer relacionamento íntimo pode servir como excelente veículo para o trabalho com a sombra, no qual o fogo do amor pode se alastrar pelos lugares imobilizados, iluminar os desvãos escuros e nos apresentar a nós mesmos.” •
(ZWEIG e ABRAMS, p. 87)
PRECISO AGORA ESCREVER COMO TRABALHAR A SOMBRA
A chave para a cura desses relacionamentos turbulentos é o "trabalho com a sombra".
Todos possuímos um eu-sombra que é a parte da nossa realidade total. A sombra não está presente para magoá-lo e sim para mostrarlhe onde você está incompleto. Quando a sombra é abraçada, ela pode ser curada. Quando ela é curada, ela se transforma em amor. Quando você puder viver com todas as suas qualidades opostas, você estará vivendo seu eu total .
• Sombra significa os aspectos ocultos e inconscientes do si mesmo, são conteúdos reprimidos, negados ou jamais reconhecidos pelo ego, que é o representante da consciência. • Na sombra encontramos além dos conteúdos dos quais não nos orgulhamos, fantasias, habilidades e qualidades. • Desta forma, o confronto com a sombra, permite um alargamento da consciência, um acordo com o outro de nós mesmos, uma vida mais saudável e harmoniosa. • Em 1945, Jung deu uma definição mais direta e clara da sombra: "a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser" (Jung 1987 Vol. XVI/2: §470).