Texto base: João 20 A primeira coisa que gostaria de propor aqui é colocar o Senhor no lugar de honra e colocar em seu lugar o que parece está adormecido, colocar em lugar de honra a missão da igreja, em segundo lugar e relembrar a convocação missionária de indivíduos. Não faz tempo que fiquei sabendo de um triste episódio que pode ser um indicador que a Igreja não está bem, um grupo de missionários se apresentou a um pastor de uma congregação denominacional pra falar de missões e o pastor por conta da idoneidade permitiu, mas em um determinado momento do culto ele disse o seguinte: “Jovem, se você não quer ser juiz, advogado, tem um pessoal lá fora querendo falar de missões com vocês…!“ O problema não foi o que ele disse, mas o como ele disse porque foi como se a vocação missionária fosse menos nobre, menos importante. Porque com que contribui um missionário? Quem se beneficia com missões? Elas não trazem retorno e então que esta seja a ultima coisa a ser feita… Não sei se foi a intenção do pastor, mas os missionários certamente se sentiram humilhados, mas o pior de tudo é que ninguém falou pra aquele pastor “quão formosos são os pés daqueles que anunciam o evangelho…” Ninguém disse isso e a gente sabe que nem todo mundo é chamado para missões, mas todos são chamados para servir ao Senhor e contribuir com Sua missão na terra. Apesar de ser abrangente e alcançar outras esferas, inclui o envio de pessoas a outras regiões para anunciar o evangelho, e se enviar pessoas faz parte do plano de Deus, do que falamos quando nos referimos à missões? Estamos falando de uma realidade de um Deus que envia. Missões é o agir de Deus através do envio. Deus enviando os seus No ado, Deus enviou Abraão, fez com que ele deixasse sua terra por conta de uma promessa , ele seria abençoado através de sua obediência. Enviou também Moisés, Deus o enviou ao Egito para falar com faraó… Ele
tinha 80 anos e nunca é tarde para ser enviado à serviço do Senhor Deus enviou seus profetas todos os dias para falar ao seu povo, e como todos sabem, ele enviou seu único filho para nos resgatar e quando Jesus retornou ao céu, Deus enviou o Espírito Santo, o seu Espírito para estar conosco, e por fim Deus enviou e continua a enviar a igreja, seu povo para anunciar as boas novas, continua a enviar pessoas para amar e servir aquele que está perto, o que está do lado, até os confins da terra. Por muitos anos os textos de Mateus 28 e Marcos 16 foram as referências no que diz respeito a grande comissão, mas se não estou enganado, de certo tempo pra cá, amos a olhar para outro texto que se refere à missão. “Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” – João 20:21 Ou seja, Jesus é nosso modelo, grande referencia missionária. Olhar pra vida de Jesus é olhar para o coração do pai e entender o ‘Como?’ e o ‘Por que?’, o caráter do envio. O domingo da ressurreição Voltando para o texto temos que o dia era domingo, primeiro dia da semana, e este dia foi o terceiro dia após a sexta feira da paixão, Jesus havia sido crucificado e quando Ele foi preso e morto, todos os discípulos fugiram com medo de serem mortos junto com Ele. Certamente eles ficaram tristes e sabemos que eles desacreditaram de Jesus, vendo Jesus morrer, foram tomados pelo medo, fruto da falta de fé e aí foi onde estavam reunidos à portas trancadas por medo dos judeus. Mas no domingo, Jesus ressuscitou aparecendo a Maria Madalena, que foi a primeira a vê-lo vivo, a qual correu pra contar aos discípulos – a primeira pessoa que pregou a boa notícia foi uma mulher – só que os discípulos estavam tão desnorteados que não acreditaram em nela, e foi neste contexto que Jesus chega dizendo, “paz seja com vocês”. Eu fico meio confuso, porque eu pensaria que se eu fosse Jesus, eu nunca teria investido meu tempo nestes covardes que apesar do que viram, estavam sem fé, porque na hora do ‘vamo vê’, todos fugiram! Tiveram fé para andar sobre as águas, curar enfermos, expulsar demônios, mas na hora de mostrar a fé que lhes custaria a vida, eles ‘pularam fora’, não quiseram se relacionar com o sofrimento de Cristo, mas ainda bem que o senhor pensa diferente, eu jamais escolheria este tipo de gente para fazer a missão mais nobre, mas Deus vê muito mais. Apesar de tudo, ele escolheu a estas pessoas, ele escolheu as pessoas mais desqualificadas para transformar o mundo, através destas pessoas cheias de
medo e insegurança Jesus se reapresentando aos discípulos “Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se, pois, os discípulos ao verem o Senhor.” – João 20:20 Os discípulos viram o Senhor e aí se libertaram do medo, daí Jesus não permitiu que esta alegria levasse os discípulos a se acomodarem, Jesus não quis que ninguém ‘montasse uma tenda’ ao redor da alegria, da paz… no versículo seguinte ele diz “como o pai me enviou, eu vos envio…” Perdoar pecados é uma ação que pertence somente a Deus mas, em nome de Jesus é possível caminhar nesta mesma autoridade que Jesus andou, as portas do inferno não prevalecem mediante a autoridade de Deus através da autoridade do Seu nome. Toda a autoridade foi dada a este nome. “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.” – João 20:24 Existe um aspecto que talvez seja o mais esquecido em relação ao envio de Jesus pelo pai, talvez seja a menos falada, porque falamos bastante da pregação, capacitação pelo Espírito Santo, autoridade de todo crente em Cristo, mas falamos pouco da encarnação como fator crucial na missão da igreja em missões, porque o fato é que Jesus se encarnou, Deus se fez carne e, como precisamos ver isso em nós? Como essa realidade precisa ser vista? Porque o mundo está cheio de Tomés, cheio de gente que precisa ver e tocar na manifestação encarnada e ressurreta de Cristo, porque se esta gente não conseguir tocar na realidade de Cristo em nós, como elas vão acreditar no que pregamos? Jesus se fez carne e fez tudo isso a não ser por amor, então ou o amor é algo palpável ou o amor seria algo muito bonito em um discurso. O amor é algo que se pode tocar. Deus é amor! Mas o amor se fez palpável, o amor se materializou, ele se fez carne e se nossa mensagem é verdadeira, nossa vida precisa ser uma manifestação desta mensagem, ou então o mundo vai nos chamar de mentirosos. Jesus é aquele que quer que o mundo o toque, ele deseja declarar paz sobre esta gente sofrida, mas tem gente que não quer ser enviada como o Pai enviou, não quer ir junto, quer a alegria, a paz, mas não querem a missão. Se a ressurreição aconteceu é porque houve morte e se houve morte é porque houve dor. A encarnação faz parte da mensagem, faz parte das boas notícias, é a encarnação que faz com que a boa notícia tenha sentido.
Nós anunciamos que Cristo vive não só através de palavras, mas demonstrando o amor que é palpável. É impossível separar aquilo que Jesus proclamou dos seus atos de amor. Por Juliano Son em 18/07/13 no Congresso Desperta Jovem
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