Em 1640 as pessoas falavam sobre os direitos falavam sobre os direitos dos ingleses, descendentes dos anglo-saxões livres, agora começaram a falar sobre os direitos dos homens, surgindo assim uma teoria racional sobre como a sociedade deve ser estruturada. Os levellers foram um fator importante nesse processo, esboçaram e tentarem aprovar diversas constituições democráticas, nas quais reivindicavam o sufrágio universal e uma grande democratização dos governos locais, que eram dominados pela pequena nobreza e em Londres pelos comerciantes. Uma das principais conquistas das classes foi a abolição dos direitos feudais, após a guerra civil, fator vital para a revolução agrícola da segunda metade do século XVII, tornando possível o planejamento da agricultura a longo prazo, que transformou a Inglaterra do início do século XVII, que não tinha alimentos para sua própria população, na maior nação exportadora de grãos. Após o julgamento e a execução do rei, os Levellers, que não acharam tal atitude correta, nos primeiros meses de 1649 se revoltaram contra o governo, mas foram reprimidos. Esta derrota significou o fim dos levellers do ponto de vista político, embora a palavra e o nome continuassem a serem usados até o século XVIII. Outro grupo que deve ser considerado, embora menos relevante, foram os Diggers, os “comunistas” do século XVII. Eles criaram uma colônia comunista, onde toda a produção agrícola outras fontes naturais, eram igualmente compartilhadas entre as pessoas da comunidade. Esta ideia se espalhou e em pouco tempo existia doze comunidades semelhantes. Deste movimento surgiu o teórico Gerard Winstanley, que argumentava a favor da produção comunal, ele foi um dos poucos que lembraram das mulheres naquele período, para ele a religião significava estabelecer a justiça sobre a terra. Apesar das repressões, os Diggers lembrados e discutidos até o final do século XVIII. Já os Ranters levaram ao extremo a ideia religiosa radical (Deus está em todos nós e devemos escutá-lo para daí sim agir) e desta forma justificavam todo tipo de desvio de moralidade, argumentavam a inexistência do conceito de roubo, eles eram anarquistas irresponsáveis, suas ideias tiveram ampla circulação. Depois de um decreto do parlamento foram perseguidos, mas o eco de suas ideias apareceu no início do século XVIII. E finalmente, os Quakers, para Hill eles eram os herdeiros dos Ranters. Nos anos de 1650, eles acreditavam que Deus poderia estar em cada um de nós e que deveríamos escutar seus conselhos, porém não adotaram a doutrina libertina de seus antecessores. A grande diferença dos primeiros Quakers e seus sucessores é que os primeiros eram pacifistas, o que não é sinônimo de sentimento pacifista, eles eram ativistas políticos e suas ideias e seguidores espalharam-se rapidamente pela Inglaterra. Os Quakers acreditavam que todos os homens são iguais, para tanto iam de encontro as convenções da época, como tirar o chapéu, pronomes de tratamento, hierarquia militar, entre outros. Tiveram um efeito muito libertador, produziram em efeito perturbador na sociedade. Entretanto, por não serem uma organização política, reprime-los era difícil.