UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI CAMPUS: PIRIPIRI
BLOCO: II
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO II
ARTIGO
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
Aesth Ararípes Medeiros Brito Antônio Cícero de brito Melo Francisco Dário de Sousa Rodrigues Jordana Maria Pereira da Silva
PIRIPIRI 2010
A Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire.
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Trabalho desenvolvido na disciplina Filosofia da Educação II, ministrada pela professora especialista Márcia Marques Damasceno, como pré-requisito
da 3ª avaliação
da corrente disciplina.
Aesth Ararípes Medeiros Brito Antônio Cícero de Brito Melo Francisco Dário de Sousa Rodrigues Jordana Maria Pereira da Silva*
*Graduandos do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Trabalho desenvolvido na disciplina Filosofia da Educação II, ministrada pela prof. Espc. Márcia Marques Damasceno.
A Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire.
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Aesth Ararípes Medeiros Brito Antônio Cícero de Brito Melo Francisco Dário de Sousa Rodrigues Jordana Maria Pereira da Silva* RESUMO
Paulo Freire procura deixar claro sua maneira de pensar sobre a prática de educadores críticos e progressistas, onde acredita que alguns deles, são necessários, pois a própria prática se torna uma exigência da relação entre teoria e prática, a saber, a práxis. O educador não pode transformar a experiência educativa em algo mecanicista, mas ensinar dentro da formação moral do educando. Dessa forma, o educador não tem somente o dever de respeitar, deve aproveitar a experiência dos educandos e associar ao conteúdo dado, deve discutir com os educandos a realidade concreta a que se deve associar para um pensar direcionado. O educador desenvolve o pensar em comunhão com o educando, tudo concorrendo para melhorias reais acerca da prática ensino-aprendizagem. Quando há uma tomada de consciência sobre os fatos que envolvem a prática sendo cada educador um ser crítico, autônomo de seus próprios atos. Este saberá que ensinar não é transmitir conhecimentos apenas, tão somente não falar bonito, sua retórica terá sempre um fundo de verdade, seus alunos poderão ver nele um ponto de apoio. O professor não deve ser apenas intermediário entre conhecimento e o objeto a serviço, mas sim, transformador, criador de possibilidades para a sua própria produção e autoconhecimento respeita assim o senso comum que este aluno possui e fazendo uma contextualização enfatizando o seu dia a dia, despertar nele com isso a criticidade, a inquietude, estimular a curiosidade. Alunos e professores devem saber que seu maior tesouro é o dialogo, o professor deve saber que a prática de ensino é na verdade uma troca de experiências. Palavra-chave: “Pedagogia, autonomia, educador, Paulo Freire” *Graduandos do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Trabalho desenvolvido na disciplina Filosofia da Educação II, ministrada pela prof. Espc. Márcia Marques Damasceno.
ABSTRACT
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Paulo Freire looks to show his thoughts about the practice of critical and progressive educators, then he believes that some of them are needed because the practice becomes a requirement of the connection between theory and practice, namely the praxis. Educators can not transform the educational experience in something mechanical , but they must teach observing, the moral formation of the student. Thus, the teacher needs to respect and he must utilize the student’s experiences and to associate all the contents giveni/ in classroom. Educators need to disaiss with the students their reality and to become them persons able to think rigld, through their reality. Educator develops the right thought when he is united with his student and this event wised to contribute to practice between Teaching and Learning when there is knowing about fact’s used to evolve this practice, where each educator is a critical and independent of his own actions professional, the educators won’t only tranmite knowledges but their rhetoric will always have a kernel of truth, and their students will see thern like a . The teacher can’t only be an intermediary between knowledge and object, but he need to be a, transformer, and creator of possibilities for his own production and knowledge, then the teacher respect the commom sense his student, awaking in student the criticism, and giving him curiosity. Student’s and teachers need to know that their greatest treasure is the dialogue, the educator to know that the practice of teaching is an exchange, of experiences. Keyword: “ Pedagogy, autonomy, educator, Paulo Freire”
INTRODUÇÃO
A Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire enfatiza de quanto o pedagogo deve aprimorar sua prática docente, nos convidando à aquisição de conhecimentos e de práticas educativas bem elaboradas e adaptadas a sala de aula. Com sua obra ele vem nos orientar para o saber pensar e para o ensinar que exige o reconhecimento de uma elevação da arte de ensinar na transferência de conhecimento. Dando-nos noções de ética, tanto no convívio discente e docente e ainda nos proporciona valorizar o educando em todo o seu universo cultural.
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1 Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire
É a ultima obra de Paulo Freire, publicada em vida. Apresenta propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação como forma de construir a autonomia dos educandos, valorizando e respeitando sua cultura e seu acervo de conhecimentos empíricos junto à sua individualidade. É uma reunião de experiências transformadas em pensamentos que busca integração do ser humano e a investigação de novos métodos, valorizando a curiosidade dos educandos e educadores, condenando a rigidez ética que se volta aos interesses capitalista e neoliberais, que deixam à margem do processo de socialização os menos favorecidos. Freire introduz Pedagogia da Autonomia explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser de saber do educando. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico e da compreensão de que “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”. Define essa postura como ética e defende a ideia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de “ética universal do ser humano”, essencial para o trabalho docente. “ Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos (...) E por essa ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar”. Como eixo norteador de sua prática pedagógica Freire defende que “formar” é muito mais que formar o ser humano em suas destrezas, atentando para a necessidade de formação ética dos educadores, conscientizando-os sobre a importância de estimular os educando a uma reflexão critica da realidade em que está inserida. Enfatiza alguns aspectos primordiais, porém nem sempre adotados pela sociedade atual,como:simplicidade, humanismo, bom senso (ética em geral)e esperança,já que na sua visão o capitalismo leva a sociedade a um consumismo exarcebado e a uma alienação coletiva, através, principalmente dos veículos de comunicação em massa. O fracasso educacional deve-se em particular a técnicas de ensino ultraadas e sem conexão com o
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contexto social e econômico do aluno, pois a escola ainda é um dos mais importantes aparelhos ideológicos do Estado. Apresenta um proposta de humanização do professor como norteador do processo sócio-educativo, construindo uma consciência critica com relação a manipulação política que fazem com todas as camadas sociais, mas sobretudo com as de baixa renda. Paulo Freire enfatiza a necessidade de uma reflexão critica sobre a prática educativa, sem a qual a teoria pode se tornar apenas discurso e a prática uma reprodução alienada sem questionamentos. Defende ainda que a teoria deve ser adequada à prática cotidiana do professor que a a ser um modelo influenciador de seus educandos, ressaltando que na verdadeira formação docente devem estar presentes a prática da criticidade ao lado da valorização das emoções. O autor afirma que o professor deverá também conduzir a maneira de pensar, sendo a prática em si um testemunho rigoroso de decência e pureza. Defende a “disponibilidade ao risco, a aceitação do novo e a utilização de um critério para a recusa do velho”, estando presente a rejeição a qualquer tipo de discriminação. Ainda destaca a importância de propiciar condições aos educandos em suas socializações com os outros e com o professor, de testar a experiência de assumir-se como um ser histórico e social, que pensa, que critica, que opina, que tem sonhos, se comunica e que dá sugestões. Acredita que a educação é uma forma de transformação da realidade que não é neutra e nem indiferente ,mas que tanto pode destruir a ideologia dominante como mantê-la. Freire ressalta o quanto um determinado gesto do educador pode repercutir na vida de um aluno ( afetividade e postura ) e da necessidade de reflexão sobre o assunto, pois segundo ele ensinar exige respeito aos saberes do educando. A construção de um conhecimento em parceria com o educando depende da relevância que o educador dá ao contexto social. Paulo Freire reafirma a necessidade dos educadores criarem as condições para a construção do conhecimento pelos educandos como parte de um processo em que professor e aluno não se reduzam à condição de objeto um do outro, porque ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Segundo o autor, essa linha de raciocínio existe por sermos seres humanos e, dessa maneira, temos consciência de que somos inacabados, o que nos instiga a pesquisar, perceber criticamente e modificar o que está condicionado, mas não determinado, ando então a sermos sujeitos e não apenas objetos da nossa história.
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2 O papel do educador na visão de Paulo Freire
A importância da prática pedagógica segundo Paulo Freire se faz necessário também em pedagogos conservadores, fazendo uma alusão entre a formação docente e o ato de cozinhar, pois este que parece ser tão simples exige do cozinheiro com o uso do fogo e seu equilíbrio da temperatura evitar tanto que a comida não queime e que não haja risco de incêndio; ressaltando ainda que a reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria/prática sem a qual pode tornar-se uma prática ativista. Há portanto de se compreender que é preciso que o educador sintetize seu aprendizado no que diz respeito ao ensinar, ele precisa saber que ensinar é transferir conhecimento, criando possibilidades para sua produção ou sua construção no aprendizado do aluno. Portanto, afirma Paulo Freire “ que forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado.”( pg. 23). Ao descobrir a arte de ensinar podemos deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente fazendo com que ele se torne cada vez mais criador de sua própria história e de seu aprendizado. O educador ao buscar formas de ensinar melhor e de rear seu conteúdo, pode utilizar de métodos que possibilite ao discente uma melhor compreensão no que diz respeito ao aprendizado. Ensinar vai além de conteúdos ou de métodos rigorosos onde o educando pode utilizar-se do seu cotidiano não se prendendo somente ao livro didático. É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no tratamento de objeto ou de conteúdo, superficialmente criticamente é possível. Pensar é fundamental no cotidiano de um educador, cabe a ele saber fazer o seu pensamento transparecer, e que ao transmitir o aluno não só possa entendê-lo, captá-lo. É bom lembrar que o professor orientador, deixe fluir ideias; ideias essas que ajudam muito ao educador rear melhor seus conteúdos. Ao falar da necessidade da pesquisa no ensino, cita-se até mesmo indagações como “ Ensino porque busco, por que indago e me indago” (pg. 29), a importância da pesquisa visa não só conhecer o já conhecido, mas procurar desvendar o desconhecido. A importância de pesquisar vai além do conhecimento do educador afinal há de se perceber a necessidade de aguçar a curiosidade do aluno para discutir a realidade,
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aproveitando para estabelecer uma intimidade entre o saber do professor e a necessidade de conhecimento do discente. Quando propõe-se ensinar deve-se buscar sempre no ponto de vista ético, ter atenção e ver com olhar crítico o ato de ensinar, isso é claro só acontece quando se tem aguçado a curiosidade de saber se o trabalho está sendo feito ou não. Ao se tratar do respeito ao homem, o ensino deve buscar adquirir o objetivo da aprendizagem meios eficazes, que com a ajuda da ética darão maior resultado. Quando você toma consciência do seu próprio pensamento, automaticamente conseguirá fazer certo, mas para tal deve haver prática testemunhal. Ensinar exige risco, aceitação do novo, rejeição a qualquer forma de discriminação. Para se ensinar deve-se ter certeza de uma coisa: você estará assumindo desafios, e estará diante do fato de convencer os discentes a aceitar o desconhecido, deve estar preparado para uma possível rejeição, seja ela das mais diferentes formas. A reflexão crítica é um ponto primordial que o educador tem que sempre inserir na sua ação pedagógica, pois mediante essa relação se fará uma formação permanente dos professores. A curiosidade sobre o pensar seria a mola propulsora entre a reflexão crítica sobre a prática de hoje ou de ontem que pode melhorar a próxima prática (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, pg 39). É incoerente dizer que se pode mudar se você não está aberto a essa mudança cotidiana na ação docente, o reavaliar é uma ponte de comunicação, entre essa criticidade. Segundo o professor Paulo Freire, envolve o pensamento, dinâmico, dialético entre a prática e a ação. Além da reflexão crítica faz-se necessário o reconhecimento e valorização da identidade cultural do educando, pois todo indivíduo chega ao seio escolar já trazendo consigo uma bagagem cultural, não se pode restringir apenas ao conhecimento dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, cada um deve ser consciente do seu papel. Ao nos assumirmos não estamos excluindo os outros, significa assumir-se como ser histórico, social, pensante, transformador e criador. A construção de um saber junto ao educando depende da importância que o educador dá a parte social, a comunidade à qual ele trabalha para conseguir aproximar os contextos à realidade vivida. O docente capacitado deve sempre disponível aos seus alunos. É bom lembrar que ele precisa sempre estar atento à curiosidades e perguntas dos alunos, o professor deve sempre ensinar a aprender e não só transferir conhecimento, tornar-se um ser crítico é fundamental na sua profissão. O profissional da área da educação deve ser discreto não
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fazendo comparações discriminatórias mais sim fazer uso do bom senso que orienta o educador a ser parcial e evitar determinados pontos críticos no seu cotidiano. Partindo do fato de que o homem não é perfeito, ele está constantemente em busca de completar o inacabado existente em sua personalidade. Portanto o professor deve ter cuidado ao observar sua disciplina, lembrando que cada aluno é um ser em processo de construção e que perdura por toda sua vida. Existe uma profunda diferença entre o ser condicionado e o ser determinado. O ser inacabado abre possibilidades de heranças sociais e culturais que os construirão na sua formação docente e discente, não se inventando da influência de forças sociais. Somos seres condicionados, inacabados e por isso, sabemos que podemos ir além, esta é a diferença entre o ser condicionado e o ser determinado. Assim como as barreiras são difíceis para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar o mundo, sabemos também que os obstáculos modificam-se. O educador deve sempre buscar na sua ética como respeitar a curiosidade do educando, como professor é um exemplo diante do seu alunado, uma fonte de conhecimento, o mesmo não pode negar nenhuma informação para o educando, afinal é preciso deixar claro que a transgressão da ética jamais pode ser vista ou entendida como virtude ou como reflexão de uma docência. O que Freire quer dizer é que se alguém se torna machista, racista, classista dentre outros, mas que se assuma como transgressor da natureza humana (pg.60). A prática está a todo momento na vigilância do docente, pois ele deve buscar revêla com bom senso. Ele é quem vai direcionar de forma negativa ou positiva o comportamento do educador diante da turma e dos possíveis problemas que venham a surgir em sala. Deve haver bom senso nas situações cotidianas, ao saber que o aluno faltou por motivo de saúde, que o outro não entregou o trabalho, porque um parente faleceu; o mesmo deve ser compreensivo e maleável em relação a realidade do aluno. Para ensinar é necessário que o educador observe a realidade a que ele está inserido incluindo seus conteúdos programáticos a fim de está adaptado ao seu dia a dia. O professor deve ter consciência que poderá dar sua aula que programou se conseguir adequá-la a vida de seus alunos. A alegria e a esperança são necessárias a atividade educativa. É na esperança que acreditamos no potencial dos alunos, ficando esperançosos quanto a sua capacidade de aprender e a capacidade dos professores de ensinar. Ter esperança que o ensino os mudarão
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e os transformarão em seres autônomos e participantes do meio em que vivem. Ser desesperançosos não pode ser parte integrante do ser humano, pois ela traz a anulação do mesmo, imobilizando-o. Temos que tornar menos complexo o futuro para assim deslumbrarmos um horizonte melhor para todos, fazendo uso da alegria do aprender e ensinar. É preciso não aceitar o determinismo como um modo de explicação das desigualdades no mundo, mas como sujeitos interventores. Não se usa a adaptação sem a intervenção da realidade. Como educadores deve-se conhecer seus alunos, não podendo desconsiderar os saberes dos grupos populares e a realidade histórico-político social vivida por eles, pois todos estão inseridos num ciclo de aprendizagem. A essa atitude, corresponde a expulsão do opressor de dentro do oprimido. Mudar é difícil mas, é possível e é a partir disto que o professor deve programar sua ação político-pedagógica. O exercício da curiosidade convoca a imaginação, a instituição, as emoções, a capacidade de conjeturar, de comparar. O fundamental é que professores e alunos saibam que a postura é dialógica, ou seja, aberta, curiosa, indagadora e não aivada enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professores e alunos se assumam etiológicamente curiosos. Mas, não podemos esquecer que a curiosidade, assim como a liberdade deve está sujeita a limites eticamente assumidos por todos. Ensinar é uma especificidade humana, claro que diferente dos homens os animais tentam perpetuar suas espécies, sua descendência, mas isso se dá de forma instintiva. Para o homem ensinar é um ato especifico e inerente do ser humano. É um dom que deve ser exercido com respeito, liberdade, e segurança em si mesmo. O educador legítimo é dono de um grande coração que pertence ao homem. Ao se estar diante de uma turma de alunos, independentemente da série, como educador deverá demonstrar muita segurança naquilo que está apresentando aos mesmos. Com esta confiança ficará perceptível sua competência profissional e com certeza estarão propensos ao aprendizado. Quando se esta diante de uma classe deve-se ter compromisso. Estar comprometido com sua profissão, com seus alunos e com sua prática. Paulo Freire diz que no ponto de vista dos interesses dominantes, não há dúvida de que a educação deve ser uma prática embelezadora e ocultadora da verdade. ( Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire, pg. 99). Todo educador deve ter por certo o peso da responsabilidade que carrega sobre os ombros. Por meio da educação os tão desvalorizados professores têm o poder de mudar o mundo sem usar uma arma, sem ferir a nenhuma vida.
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O educador deve buscar junto a sua turma algo muito importante: a liberdade, não qualquer liberdade e sim uma feita de confiança e de respeito entre professores e alunos. Lembrando que a autoridade do mestre jamais deve ser esquecida nem desvalorizada e tão pouco exagerada. Devendo existir cumplicidade, paciência e amizade. O professor só atinge seu objetivo em sala se tomar consciência de que deve escutar, estar aberto a ouvir. Ter consciência de que não é dono da verdade, detentor de toda resposta. Só se terá bons resultados se estiver disposto a ouvir. Assim aprenderá a falar e conseguirá entender. O discurso ideológico anestesia a mente, confunde a curiosidade, distorce a percepção dos fatos, das coisas, dos acontecimentos. Para Freire não se pode aceitar, nem ouvir ivamente frases como: o negro é geneticamente inferior ao branco; em defesa de sua honra o marido matou sua mulher; e outros ( Pedagogia da Autonomia- Paulo Freire pg- 132, 133). O educador deve apresentar sua aula certa de uma ideologia libertadora, que ajude os seus alunos a serem verdadeiramente cidadãos no futuro. Havendo diálogo o ensino talvez aconteça. Se há dialogo, possivelmente se encontre respostas, se levante questionamentos e encontre soluções possíveis para a realidade que se tem nas escolas públicas do país. Com a abertura que o dialogo permite é fácil a juventude perceber as dificuldades encontradas nas escolas da atualidade. Ensinar vai lhe exigir um ato de grande humildade querer bem aos demais educadores, respeitando acima de tudo a personalidade, a práxis e a maneira do outro se postar diante dos colegas e alunado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao se pesquisar Paulo Freire, se aprofundar a respeito dos estudos abordados e detalhados que ele mostrou ao mundo, se percebe que nada se sabe; que tudo que se entendia, domínio e conhecimento, caem por terra; pois Freire mostra ao mundo uma visão revolucionária à respeito da educação, independente de qual seja sua atração: crianças, jovem e adultos. A Pedagogia da Autonomia é uma verdadeira lição, não de como um professor deve aqui diante de seus alunos, nas um roteiro perfeito que foi escrito para aqueles que de coração aberto, e claro, grande vocação, na tentativa de transformar a educação vigente. É de fato um roteiro que de forma muito simples ensina o professor a ensinar, pois ensinar não deve ser apenas transferência de conteúdos, mas um ato de respeito ao próximo, com sua bagagem e particularidades.
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REFERÊNCIAS
GADOTTI, Moacir. Convite a leitura de Paulo Freire. São Paulo: Ed. Scipione, 1989. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Editora Paz e Terra,1994 .
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