Salmo 116.12-19 - Que Darei Ao Senhor 5p3z1k

TEMA: “Que darei ao senhor?” Texto: Salmo 116: 12-19 Introdução Amados irmãos, Havia um médico em uma pequena cidade do interior que atendia as pessoas com a maior boa vontade e amor, tivessem elas condições de pagar consulta ou não. Fosse via convênio ou particular, o nível do atendimento era sempre o mesmo. Isso lhe gerou uma conseqüência muito linda: gozava de um alto conceito entre as pessoas - as ricas e as pobres. Mas, era no meio das pobres que aconteciam cenas comoventes. Muitas delas, como forma de gratidão para tanta bondade, atenção e carinho recebidos do médico, traziam presentes para ele. De suas colheitas e rebanhos dava presentes ao doutor, como forma de agradecimento; frangos, ovos, frutas e verduras. Esta é uma realidade que todos nós conhecemos. Todos nós já nos sentimos gratos por alguma bondade de alguém para conosco. A reação mais natural é querer presentear aquelas pessoas que sempre nos fizeram o bem, sempre dispensaram atenção para conosco. A história deste salmo nos traz isso à mente. Fala aqui de alguém que tinha sua alma em desassossego em virtude de pressões infernais sobre sua vida, e foi socorrido amorosamente pelo Senhor. Diz aqui que ele clamou ao Senhor e suas orações foram atendidas prontamente. O salmista experimentou a maior alegria que um ser humano pode imaginar: “pois livraste da morte a minha alma...” (v. 8). Nosso irmão Davi, que escreveu vários salmos, testemunha sobre esta alegria: “Dar-te-ei graças, Senhor, Deus meu, de todo o coração, e glorificarei para sempre o teu nome, pois grande é a tua misericórdia para comigo, e me livraste a alma do mais profundo poder da morte” (Sl. 86:12,13). Este assunto mexe conosco. É desafiador. Neste dia, mais uma vez em nossa vida, somos desafiados pela Palavra a olharmos para nós mesmos e fazermos uma pergunta para nosso próprio coração: “O que tenho dado ao Senhor por tanta bondade para comigo?” Hoje os formandos podem fazer uma pergunta: O que darei ao Senhor por toda bondade dele para conosco durante todos esses anos de estudos? Podemos fazer algumas perguntas para tentar responder esta:

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1 - O QUE TENHO DADO ESTÁ NA PROPORÇÃO DO QUE DESEJO RECEBER? Primeiramente precisamos definir uma coisa: “temos dado algo ao Senhor?” Durante todo o tempo que temos vivido nesta terra já demos algo ao Senhor? Você meu querido minha querida já deu algo para o Senhor? A partir daí podemos ver (se temos dado algo a ele), se isto tem sido na proporção que desejamos receber algo dele. Hoje contemplamos os adoradores de falsos deuses, e até mesmo os adoradores de demônios consagrarem a eles inúmeros presentes, oferendas, sacrifícios. Somos sabedores de que o Senhor não espera receber de nós oferendas como recebem os demônios. Mas é certo que ele deseja que lhe consagremos muitas coisas. Daí a pergunta do salmista: “o que darei ao Senhor?” A questão não é se devo dar a ele alguma coisa, mas sim o que devo dar. É muito comum encontrarmos pessoas que esperam muito de Deus, mas pouco investe no seu reino. Esperam receber muito, mas nada dão. Mais triste ainda é verificarmos que, em muitas circunstâncias em nossas vidas, nós mesmos podemos ser incluídos neste grupo de pessoas. Não se trata de uma barganha com Deus. Aqueles que trazem algo para Deus pensando somente no que poderão ganhar em troca, ainda não entenderam nada a respeito do relacionamento que Deus deseja manter com seus filhos. Mas está claro nas Sagradas Escrituras que devemos comparecer diante do Senhor com ofertas para ele. Quando não observamos tais preceitos, certamente deixamos de receber o que desejamos ou o que ele deseja nos dar. Veja o que nos diz o profeta Ageu: “Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado... esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? - diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao o que cada um de vós corre por causa de sua própria casa” (Ag. 1:6,9). Certo é que você espera receber algo de Deus. Mas pergunte-se a si mesmo: O que você tem dado a Deus tem sido na proporção do que deseja receber? Lembre-se da frase de um grande homem de Deus que foi usado na obra missionária na Índia (Carey): “Espere grandes coisas de Deus; realize grandes coisas para Deus”.

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2 - O QUE TENHO DADO É DE BOA VONTADE E COM ALEGRIA? Há muitas coisas na nossa vida que fazemos, simplesmente porque temos que fazer. Há muitos que trabalham porque têm que trabalhar. Há muitos que estudam porque têm que estudar. Há muitos que se envolvem em alguma atividade, porque não há outra saída. Com relação às coisas de Deus também ocorre algo semelhante. Há muitos que estão fazendo algo para Deus, mas não colocam seu coração, não se envolvem por inteiro. Fazem porque foram acostumados a fazer. Fazem porque são religiosos. Ou fazem por medo, não por amor. Mas é preciso definir se as ofertas a Deus têm sido feitas com boa vontade e com alegria. Precisa ficar claro se elas podem ser consideradas como adoração. Alguns textos das Escrituras devem ser considerados: ♦ Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento (Mt. 22:37,38). ♦ Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (Jo. 4:24). ♦ Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria (2 Co. 9:7). Certa vez Jesus estava no templo e viu o povo colocando no gazofilácio as suas ofertas. Em meio ao povo veio uma mulher que depositou ali apenas duas pequenas moedas. Para muitos aquelas moedas não significavam nada. Talvez nem fossem retiradas do gazofilácio. Mas Jesus disse que a oferta dela, diante de Deus, tinha mais valor que todas as outras juntas. Qual a razão? - ela colocou seu coração junto com suas moedas. Os outros cumpriam um ritual religioso. Diante destas verdades você pode perguntar a si mesmo: “O que tenho dado é de boa vontade, ou é fruto de um alívio de consciência, uma forma de me sentir desobrigado do dever que tinha para cumprir?” Todos nós deveríamos dizer: trabalho porque fui trabalhado; sirvo porque fui atraído com “cordas de amor”; entrego minha vida ao serviço a Deus porque é o maior bem que possuo.

3 - O QUE TENHO DADO REPRESENTA O MELHOR QUE TENHO PARA DAR?

Pode ser até que você tem dado alguma coisa para Deus, mas, sinceramente, isto representa o melhor que você tem para dar? Você aceitaria de bom grado de alguém o que você tem oferecido para Deus? Você gostaria de receber aquilo que você tem dado para Deus? Se você fosse Deus estaria feliz por receber de seus servos aquilo que você tem dado a ele? O problema é exatamente este: “muitas vezes temos dado a Deus aquilo que nem nós mesmos aceitaríamos”. Temos dado à última e, às vezes, a pior parte de tudo que temos e somos. Outra pergunta precisa ser respondida: Se estiver sendo assim, quem é, então que tem recebido a melhor parte? O profeta Malaquias questionou o povo de sua época com relação a este assunto: “Quando trazeis animal cego para o

sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? - diz o Senhor dos Exércitos. Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? - diz o Senhor dos Exércitos?” (Ml. 1:8,9). Nossa oferta a Deus não deve ser apenas de boa vontade e nem apenas ser o melhor que temos para oferecer, mas também deve ser consciente e com alegria. Na Bíblia está escrito: “Quando fizeres a Deus algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes” (Ec. 5:4). Alguns exemplos: Abel e Caim, Maria com óleo nos pés de Jesus.

4 – CONCLUSÃO E APLICAÇÕES: Amados irmãos, eu quero concluir a mensagem de hoje com algumas aplicações práticas para todos nós: Será que existe alguma coisa nesta vida que o Senhor já não seja dono? Será que existe algo que ele necessita que lhe presenteemos? Conhecemos as palavras de Paulo aos romanos: “quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas” (Rm. 11:35,36). Mas o Senhor quer que você lhe dê mais do seu tempo, mais de seus bens, mais de sua atenção, mais de seu coração, mais de sua adoração, mais de seus sentimentos, mais de sua família... “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará” (2 Co. 9:6).

Um dos grandes perigos que enfrentamos tendo contato com as coisas que há no mundo é a ocupação do nosso tempo de forma a não termos mais tempo para Deus, não termos mais espaço em nossas vidas para as coisas do Senhor. Não se esqueça de que é o Senhor quem tem lhe presenteado com tantas e grandes bênçãos. O que você tem dado a ele? Tem sido valoroso o que você tem dado a ele? Tem sido suficiente? Tem sido com todo o coração? Se não, gostaria de encerrar com algumas palavras de Jesus registradas por João no Apocalipse: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap. 2:4,5). Que a partir de hoje possamos ofertar sempre o melhor para o Senhor e ofertar com amor e carinho, amém. Vamos orar.