Profª Tamyres Torres
TRAÇÃO Aplicação de força puxando o corpo ou o segmento,
enquanto uma contra tração puxa em sentido contrário. É um método de imobilização que causa temor; Empregada no tratamento de fraturas e correção de deformidades.
ASS. DE ENFERMAGEM Manutenção;
Posicionamento do membro; Orientação para o autocuidado.
ATUAÇÃO DA FORÇA Intensidade: é o poder da força em produzir maior ou
menor efeito; Direção: horizontal, vertical;
Sentido: se vai da D/E ou de baixo para cima; Ponto de aplicação: é o ponto de contato entre a
força aplicada e o corpo ou ponto de equilíbrio.
OBJETIVO DAS FORÇAS E CLASSIFICAÇÃO DA TRAÇÃO Alinhar um ponto ou um foco. Tração temporária: redução de fraturas, pode ser
produzida pela pessoa que esteja auxiliando na redução. T. Intermitente: aplicada por um período de tempo – só a noite ou dia. T. Contínua: imobilidade do foco, para vencer espasmos musculares, corrigir deormidades. É indicada quando não é possível imobilizar pela simples tração manual.
PRINCÍPIOS DA TRAÇÃO Ter força oposta ou contratração; Seguir uma linha estável de força; Ser contínua, cordão íntegro, deslizamento livre;
Aplicada em pos. de supina e com alinhamento
corporal; Verificar se todo sistema está correto: peso pendentes, livre de apoio e na quantidade prescrita; Roldanas lubrificadas, girando livremente sem atrito; Alinhamento.
TIPOS DE TRAÇÃO Manual e Contínua – cutânea e esquelética. Tração manual: aplicação das mãos produzindo
tração. É utilizada quando: - Reduzir fratura ou luxação, até que faça im0bilização; - Posicionar o paciente; - Transporte; - Confecção do aparelho gessado; - No intra-operatório; - Na tração esquelética.
TRAÇÃO CONTÍNUA A indicação do tipo de tração depende da idade, das
condições dos tec moles adjacentes, tipo e grau da lesão óssea, deformidade. A tração evita o atrito entre as extremidades fraturadas ou exercendo um relaxamento sobre o espasmo muscular reflexo. Tração cutânea: aplicação de material adesivo, que traciona diretamente a pele e partes moles, com a força agindo indiretamente nos ossos.
Imobilização provisória, particularmente nos casos de
fraturas de diáfise femoral, colo do fêmur, reg intertrocantéricas no adulto; No idoso é utilizada na tentativa de aliviar a dor, por período curto ou em situações transitórias no aguardo da cirurgia; Na criança para correção de deformidades. É indicada na maioria doa casos para crianças, pois
a um limite de peso no max de 5kg.
DESVANTAGENS Provoca lesão da pele; Alergia ao adesivo; Não a grande quantidade de peso; Risco de perder a redução por estiramento do adesivo
ou se a tração deslizar, não consegue uma redução perfeita.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA APLICAÇÃO DA TRAÇÃO CUTÂNEA
Obs o estado da pele;
Avaliar as condições com rigor do membro, se existe
lesão; Lavar com água e sabão, secar bem; Explicar o procedimento e finalidade; Atento as reações e intercorrências; Irritação da pele pelos meteriais; Obs pontos de pressão, flictemas, lesões de tec; Quando a tração for até a coxa pesquisar integridade do n. fibular; Quando até o braço pesquisar integridade do n. ulnar.
CUIDADOS DE ENF APÓS A INSTALAÇÃO DA TRAÇÃO CUTÂNEA Posicionar o pc corretamente (anatomicamente e
funcionalmente); Apoiar o membro evitando mobilização; Deixar os pesos livres; Avaliar perfusão periférica, pulso, coloração da pele, temperatura; Prevenir úlceras por pressão; Encorajar exercícios ativos com os pés e mãos. Sinais de TVP – sinal Homan: verifica desconforto ou dor na panturrilha após dorsiflexão iva do pé.
TRAÇÃO CUTÂNEA Tração cutânea do MI;
Tração em Zênite; Tração em MS; Tração em Balancim;
Tração em extensão – tração de partes moles com as
pernas extendidas.
TRAÇÃO ESQUELÉTICA Força aplicada diretamente sobre a estrutura óssea, por meio de pinos ou fios que atravessam o
fragmento ósseo distal da fratura. Objetivo: apoiar a extremidade afetada facilitando
a movimentação e a realização dos cuidados de enfermagem, ao mesmo tempo que matém a tração eficaz.
Vantagens: - ar grande quantidade de peso; - Obs o local da fratura e partes moles durante o trat.;
- Tempo prolongado; - Mantém tração eficaz; - Facilita a movimentação no leito. Desvantagens: - Infecção no local da inserção do pino e/ou fio; - Tração prolongada e com grande quantidade de peso
constante: distensão dos ligamentos articulares, do nervo e causar problemas circulatórios; - Desenvolvimento de litíase renal (principalmente nos jovens).
CUIDADOS DURANTE O PROC DE TRAÇÃO ESQUELÉTICA Explicar ao paciente o proc.; Higienização e verificação das condições da pele e
pulsos distais; Organizar o material necessário.
CUIDADOS APÓS A COLOCAÇÃO DA TRAÇÃO ESQUELÉTICA E SUA MANUTENÇÃO Curativo no local de inserção do fio; Posicionar o pc adequadamente; Instalar e colocar os pesos M;
Verificar pulso após o procedimento e nos prox 30 min
e S/N; Avaliar perfusão periférica diariamente; Prevenir úlceras por pressão; Obs sinais flogísticos; Orientar quanto a exercícios.
CLASSIFICAÇÃO DAS TRAÇÕES ESQUELÉTICAS Simples: um fio de tração; Associadas: 2 ou mais fios;
Complexas: usam outros mecanismos de tração além dos
fios ou pinos. Tipos de tração esquelética: Tração do MS e MI; T. tibial superior e inferior; T. calcânea; T. de Russel; T. 90 x 90; T. craniana e halo femural.
CUIDADOS GERAIS Manter integridade da pele; Manter permeabilidade das vas; Manter o alinhamento corporal; Realizar mudança e logo manter na pos. funcional; O membro deve ficar em pos mais elevada; Estimular a ingestão hídrica; Obs o equipamento de tração e suas condições; Proporcionar lazer aos pac.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. Luís Fernando Veríssimo
TRAUMATISMOS ARTICULARES Acomete articulações sinoviais: cartilagem
articular, cápsula, membrana sinovial, ligamentos. Cápsula articular (contenção) e ligamentos
permite a estabilidade aos esforços; Mm e tendões am c.rgas por muito tempo;
CONTUSÃO ARTICULAR Lesão fechada, produzida por força maior ou
compressão nas estruturas de partes moles que vão desde a pele até a cápsula articular. Sinais e sintomas: - equimose; - Edema ou hematoma; - Dor local, pressão associada ao mov.; - Limitação da função.
ENTORSE Perda momentânea da relação articular, causada por
mecanismo rotacional; Ocorre quando aplica-se uma força de estresse na art e
esta supera a resistência ligamentar;
• Força indireta que sobrecarrega a cápsula e os lig., desviando sua direção, levando a perda parcial ou total da continuidade do ligamento.
SINTOMATOLOGIA Dor difusa; Derrame articular; Hematoma; Perda parcial da função.
ORIENTAÇÕES Repouso por um período; Crioterapia; Elevar o membro comprometido;
Enfaixamento por um período para reduzir o
edema; Estimular exer ativos do membro não comprometido; Não aplicar carga no membro comprometido; Cuidados com a ferida cirúrgica.
LUXAÇÃO Perda
total das relações anatômicas das superfícies ósseas, implicando em lesão de partes moles. A subluxação é a perda parcial da relação articular. Lux. Traumática: grande força atuante na art,
excedendo a amplitude normal; Lux. Habitual: ocorre durante mov. Bruscos; Lux. Patológica; Lux. Congênita: obs nas patologias infantis.
SINTOMATOLOGIA Dor intensa; Edema; Limitação funcional;
Deformidade. É considerada uma situação de emergência pela
gravidade que ocorre nas art, pelo dilaceramento da cartilagem, menisco, lesões de vasos, nervos adjacentes e tendões.
TRAUMATISMOS ÓSSEOS - FRATURA
FRATURA Perda da solução de continuidade da estrutura
óssea, provocada por uma força direta ou indireta. Etiologia: - traumática; - Fadiga: estresse em razão do esforço prolongado. - Patológica.
CLASSIFICAÇÃO Ação da força: - Direta: ocorre no local onde se deu o trauma; - Indireta: ocorre distante do local do trauma,
devido a queda, torção, compressão. • Estabilidade: - Estável: manutenção do alinhamento ósseo;
- Instável:
ocorre alinhamento ósseo.
difícil
manutenção
do
Quanto ao traço da fatura: - Transversa: apresenta um traço reto na estrutura -
-
-
do osso; Oblíqua: resultante de uma força em rotação; Espiralada: mecanismo rotacional, envolvendo o osso; Cominutivas: fratura em mais de um lugar; Compressão: fragmentos ósseos são comprimidos; Afundamento: frag. Ósseos são forçados p o int. Avulsão: pela retirada de um fragmento ósseo por um lig ou tendão de sua inserção.
Quanto à extensão: - completa: divide o osso em dois fragmentos ou
mais. - Incompleta: não divide o osso por completo. Ex: fratura em galho verde.
• Quanto à exposição:
- fechada: pele íntegra, sem lesão. - Exposta: pele lesada, com exteriorização de um
ponto da estrutura óssea e comunicação com o meio externo. São classificadas em:
TIPO FERIDA
NÍVEL DE CONTAMINAÇÃO
LESÃO DE PARTES MOLES
LESÃO ÓSSEA
I
< 1cm
limpa
mínima
Simples,mínima comunicação
II
> 1cm
moderada
Moderada, alguma lesão musc.
Moderada comunicação
IIIA
Usualme alta nte > 10cm
Grave com esmagamento
Normalmente cominutiva, pos. cobertura do osso c partes moles
IIIB
Usualme alta nte > 10cm
Perda muito grave de cobertura
Pobre cobertura óssea, normalmente requer cirurgia reconstrutiva de partes moles
III C
Usualme alta nte > 10cm
Perda muito grave da cobertura e lesão vascular que exige reparação
Pobre cobertura óssea, normalmente requer cirurgia reconstrutiva de partes moles.
Quanto ao alinhamento:
- Sem desvio:não há desvio axial ou angular; - Com desvio: pode ocorrer acavalgamento (encurtamento), diástase (alongamento), afastamento lateral, angular ou rotação/dos fragmentos; - Impactada: compressão dos fragmentos. • Quanto à localização:
- diafisárias; metafisárias; epifisárias; intraarticulares.
SINAIS E SINTOMAS Dor
intensa, movimentação;
principalmente
durante
Deformidade;
Mobilidade anormal (limitação); Creptação óssea; Impotência funcional parcial ou total.
a
CONSOLIDAÇÃO DE UMA FRATURA Fase do hematoma: pelo rompimento dos vasos,
atingindo periósteo e espaço adjacentes; Fase da ploriferação celular: fase precoce da reparação óssea, com o aparecommento de osteoblastos e nova matriz óssea; Fase de calo: deposição de sais de cálcio, apresentando uma massa dura ao redor da fratura, calo primário; Fase de consolidação: osteoblastos continuam reparando, formam o osso lamelar à custa do osso primário; Fase de remodelação: o osso é mais ou menos restaurado à sua forma original.
Diagnóstico: exame físico e raio X. Tratamento: primeiros socorros; transporte;
tratamento da hemorragia e choque (prevenção) Tratamento:
- redução: uso de tração, aparelho gessado e fixação
metálica interna ou externa. - Manutenção: imobilização total; - Exercício: até que a função máxima seja recuperada.
“Contrui amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: NÃO TENHO MEDO DE VIVÊ-LA!”
Bom final de semana!!!